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Israel atacou militantes do Hamas e da Jihad Islâmica na escola de Gaza, perto do Hospital al-Ahli, onde refugiados palestinos se abrigavam.
Um ataque militar israelense a um edifício residencial que servia como abrigo para famílias palestinas em Gaza resultou na morte de mais de 50 pessoas, conforme relatado por fontes locais. A ação provocou uma onda de indignação e protestos na região, com líderes internacionais pedindo o fim imediato da violência.
O ataque aéreo israelense foi parte de uma série de bombardeios que visavam supostos alvos militantes, mas acabaram atingindo áreas civis densamente povoadas. A comunidade internacional condenou veementemente a escalada do conflito e pediu um cessar-fogo imediato para evitar mais vítimas inocentes. A situação continua tensa, com relatos de novos confrontos e temores de um aumento ainda maior da violência.
Ataque aéreo israelense atinge escola Al-Taba’een em Gaza
Segundo relatos, os restos mortais de muitas vítimas estão tão desfigurados após o ataque aéreo israelense que a identificação torna-se desafiadora. A situação é descrita como ‘catastrófica’ e os médicos enfrentam dificuldades para tratar todos os feridos gravemente. Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmou que a escola Al-Taba’een era uma instalação militar ativa do Hamas e da Jihad Islâmica, com cerca de 20 militantes operando no local, uma alegação negada pelo Hamas. As estimativas do número de mortos variam, com o serviço de emergência do Ministério da Saúde palestino relatando mais de 60 mortos, enquanto a defesa civil palestina estima o número em mais de 90. A BBC não pôde verificar os números de forma independente. Israel tem atacado abrigos de refugiados palestinos em Gaza, com 477 dos 564 prédios escolares atingidos ou danificados até 6 de julho, e mais 14 alvos de ataques desde então. A escola Al-Taba’een abrigava mais de 1.000 pessoas, incluindo deslocados de Beit Hanoun. O prédio também funcionava como mesquita, e o ataque ocorreu durante as orações do amanhecer. Testemunhas descreveram o som do bombardeio seguido por gritos e caos, com partes de corpos e sangue espalhados pelo local. Salim Oweis, da Unicef, condenou o ataque como ultrajante, destacando que as escolas estão lotadas de civis em busca de refúgio. O Exército israelense justificou o ataque, afirmando ter atingido terroristas do Hamas em um centro de comando e controle na escola Al-Taba’een. As autoridades israelenses contestaram os números de vítimas divulgados pelo Hamas, alegando que não correspondem às informações de inteligência e à precisão do ataque. O Hamas e o Fatah condenaram o ataque como um ato brutal na guerra contra o povo palestino.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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