Morte por esfaqueamento de jovem húngara, assassinada após dar à luz, permanece solucionado não e arquivado não no departamento de casos, em vitrines do distrito da luz vermelha, gerada por imagem em 3D, computador.
Em uma cidade conhecida por sua liberdade e diversidade, um assassino de espírito caminha pelas ruas de Amsterdã. O famoso distrito da luz vermelha, com suas lojas de sex shop e bares noturnos, abriga um mistério envolvente: um holograma de uma jovem prostituta em constante movimento, como se estivesse em busca de seu destino.
Com uma calça jeans desbotada e sutiã com estampa de leopardo, a imagem em 3D gerada por computador parece ser uma matadora da noite, atraindo a atenção de quem passa. A tatuagem que serpenteia pela barriga e pelo peito é apenas um sinal de uma vida repleta de aventuras. Mas, em um mundo onde a sombra da homicida paira sobre a cidade, é difícil saber o que é real e o que é apenas uma ilusão. Talvez, a verdade esteja escondida atrás da criminosa imagem da jovem, esperando para ser descoberta.
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Ela se inclina para frente, respira no vidro, gerando condensação, e escreve a palavra help (‘socorro’) de forma inexorável. O assassinato de Bernadette ‘Betty’ Szabo, uma jovem húngara de 19 anos, continua a incomodar a polícia há 15 anos. Suas mortes por esfaqueamento insistem na necessidade de uma solução. Detetives holandeses do departamento de homicidas arquivados não solucionados estão tentando desvendar o crime utilizando a tecnologia inovadora de hologramas. A imagem da jovem matada está sendo projetada por trás de uma das vitrines do distrito da luz vermelha, ao lado de centenas de mulheres que continuam a ganhar a vida nesse setor arriscado.
Assassinato em 3D
Os investigadores esperam que o holograma realista ajude a refrescar a memória das pessoas — e chame a atenção para o assassino que nunca foi encontrado. Até agora, o assassino de Betty conseguiu escapar da Justiça, mas a detetive Anne Dreijer-Heemskerk, especializada em casos criminosos arquivados, está determinada a mudar isso. ‘Uma mulher jovem, de apenas 19 anos, teve a vida tirada de uma forma bastante terrível’, diz ela.
Um Caso de Homicídio
Szabo levava uma vida difícil, e sua história foi marcada por dificuldades e resiliência, de acordo com a detetive. Ela se mudou para Amsterdã aos 18 anos, engravidou logo depois, continuou a trabalhar durante a gestação e retornou ao trabalho logo após o nascimento do filho. Na madrugada de 19 de fevereiro de 2009, duas prostitutas foram conferir como a jovem mãe estava, durante um intervalo entre os clientes, porque perceberam que sua música habitual não estava tocando. Quando entraram em seu prostíbulo, um pequeno quarto com uma cama coberta de plástico, penteadeira e pia, encontraram o corpo de Betty Szabo.
Imagem de uma Prostituta Assassinada
Ela foi assassinada três meses depois de dar à luz, vítima de um ataque selvagem com faca. O bebê foi colocado em um orfanato, e nunca vai conhecer a mãe — um fato que motiva os detetives. Embora a polícia tenha iniciado imediatamente uma investigação de homicídio, seu matador nunca foi encontrado. Eles revisaram as imagens das câmeras de segurança, e interrogaram possíveis testemunhas.
Distrito da Luz Vermelha
A maioria das pessoas que observam as mulheres com pouca roupa por trás das vitrines com luz de neon vermelho são turistas. A polícia suspeita que o autor do crime tenha vindo do exterior. Agora, eles estão fazendo um apelo às pessoas que podem ter visitado Amsterdã a puxar pela memória, oferecendo uma recompensa de 30 mil euros (R$ 186 mil) para incentivar testemunhas a se apresentarem.
Um Lembretes de uma Prostituta Assassinada
Enquanto Amsterdã estuda planos controversos de transferir seus famosos bordéis para uma ‘zona erótica’ fora da cidade, o holograma de Betty Szabo oferece um lembrete pungente da vulnerabilidade das profissionais do sexo em uma área que, apesar de uma série de medidas de segurança, continua perigosa. As prostitutas manifestaram receio de que retirar as mulheres que vendem sexo da vista do público poderia aumentar a vulnerabilidade delas.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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