Grupo de Trabalho da Saúde encerrou no Rio, com foco em Segurança-climática e Desenvolvimento-sustentável, e discussões sobre Investimentos-em-saúde e Poluição-do-ar.
Um momento histórico foi alcançado na reunião ministerial do G20 Saúde, ocorrida no Rio de Janeiro, com o Brasil à frente. O consenso foi total e foi assinado dois documentos: a Declaração Ministerial sobre Mudança Climática, Saúde e Equidade e Uma Só Saúde. É inegável o compromisso dos signatários: Sistemas de Saúde Sustentáveis são o que se busca.
A Declaração do Rio de Janeiro de Ministros da Saúde do G20 trouxe consenso entre os participantes, reconhecendo a importância do Bem-estar e da Equidade para a construção de sistemas de saúde resilientes que possam enfrentar desafios como a Mudança Climática. A Saúde Pública também foi destacada como um aspecto fundamental para garantir a proteção da população e o acesso equitativo a cuidados de saúde de qualidade. Com a assinatura desses documentos, os países membros do G20 demonstram seu compromisso com a promoção da saúde e do bem-estar da população, reforçando a necessidade de uma Saúde Integrada.
Urgência da Saúde no Mundo: G20 e Desafios Climáticos
A mudança climática é um perigo iminente para a saúde, especialmente para as populações mais vulneráveis, e é nosso dever garantir que ninguém seja deixado para trás, enfatizou a ministra Nísia Trindade sobre a gravidade das medidas acordadas. Acesse as declarações aprovadas no G20 Saúde, um marco importante para a equidade e o bem-estar global.
A reunião ministerial do G20 reuniu as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e a União Africana, em um esforço conjunto para abordar as crises de saúde causadas pela mudança climática. Em dezembro do ano passado, o Brasil assumiu a presidência, uma posição que foi transferida para a África do Sul no fim do ano. Essa iniciativa sinaliza a importância de uma abordagem integrada e intersetorial para enfrentar os desafios da saúde.
Os ministros reconheceram a urgência de investir em recursos financeiros sustentáveis para promover a saúde e o bem-estar, alinhado com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) e o Acordo de Paris foram lembrados como fundamentais para fortalecer a resposta às consequências da mudança climática na saúde.
Os impactos negativos dos eventos climáticos extremos e da poluição do ar, incluindo o aumento de doenças infecciosas e não transmissíveis, além de problemas de saúde mental, foram alertados pelos documentos. Em resposta, os acordos incentivam investimentos em saúde, especialmente em países em desenvolvimento, em situação de maior vulnerabilidade social, e apoiam o desenvolvimento de estratégias intersetoriais para implementar ações contra a resistência antimicrobiana (AMR).
A cúpula contou com a presença do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, que enfatizou a importância da cooperação internacional em um momento crítico para a saúde pública mundial. ‘Devemos retomar o objetivo de implementar um tratado que priorize a vida humana sobre interesses comerciais, promovendo a solidariedade global. Destaco a importância do multilateralismo, que tem avançado em diversos acordos políticos. Parabenizo todos os envolvidos pelas declarações adotadas, incluindo a mudança climática, saúde e equidade, e a abordagem de Uma Só Saúde’, afirmou Vieira.
A Coalizão Global para Produção Local e Regional visa promover o acesso a vacinas, terapias e novas tecnologias de saúde, com foco em doenças negligenciadas e populações vulneráveis, evitando a duplicação de esforços com iniciativas existentes. As declarações enfatizam a necessidade de fortalecer as capacidades de saúde digital e de abordar a escassez de profissionais de saúde, especialmente em contextos de emergência.
Os documentos também reafirmam o compromisso em erradicar epidemias como aids, tuberculose, malária e poliomielite, destacando a importância de uma estratégia global conjunta para a saúde.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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