Em um sonho de Natal, encontrei três gigantes portuguesas sobre o humano e o eterno, discutindo túnel de palavras, algoritmos e estrelas natalinas, espírito de celebração, País das Maravilhas, navegante das palavras e dos mares, questionador do óbvio, ateu, rabugento, sonhador, entusiasta da tecnologia, espelho que reflete nossas inquietações, monstros e tempestades, dados e códigos.
O ano de 2024 vinha chegando ao fim, e Cesar, cansado mas satisfeito, preparava-se para uma noite tranquila, mas o silêncio foi interrompido pelo barulho da noite de Natal, começando a deixá-lo nervoso.
Ao acordar no dia 25 de dezembro, ele descobriu que havia viajado ao passado, encontrando-se em uma época onde o Natal era celebrado com alegria e fé, e na qual ele descobriu um portal mágico que o levou a um mundo de criaturas maravilhosas, que celebravam o Natal com cores e festas.
Natal e a Tessitura do Tempo
Tudo girava ao seu redor, como uma roda dentada, até que ele aterrissou suavemente em um lugar que parecia ao mesmo tempo uma antiga fortaleza e uma futurista cidade espacial, iluminada por velas cintilantes e circuitos dourados que se entrelaçavam como estrelas natalinas. Diante dele, três figuras extraordinárias emergiram da névoa como se tivessem sido convocadas pelo próprio espírito da celebração – Fernando Pessoa, Luís de Camões e José Saramago. Cesar esfregou os olhos, sem acreditar no que via, como se tivesse tropeçado em um túnel de palavras que o levou a um encontro impossível, como se tivesse mergulhado no País das Maravilhas.
Pessoa: Bem-vindo, Cesar. Não se assuste. Às vezes, o Natal nos concede presentes inesperados, como este encontro. Eu sou Fernando Pessoa, um navegante das palavras e dos mares do inconsciente. Dizem que sou múltiplo, mas prefiro me ver como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que distorcem, refletindo falsamente uma única realidade que não está em nenhum e está em todos.
Estrelas Natais e a Essência Humana
Camões: Saudações, Cesar! Sou Luís de Camões, um questionador do óbvio e dos mares da inovação. Este é um tempo propício para contemplar os novos mundos que desbravamos, como se navegássemos pelas águas do desconhecido. Por suas vestes e seu ar, vejo que vens do moderno, como quem navega as ondas da tecnologia.
O Natal e a Busca do Sentido
Saramago: Cesar, um prazer tê-lo conosco. Sou José Saramago, um sonhador e entusiasta da tecnologia, mas também um ateu rabugento. Parece que este seu devaneio nos reuniu para discutirmos o que significa ser humano em um tempo em que máquinas pensam e o mundo busca sentido. E, claro, neste Natal, entendido não apenas como celebração religiosa, mas como um tempo de união, reflexão e renovação, valores humanos universais que transcendem qualquer crença.
Cesar: É uma honra conhecê-los. Se este é um sonho, é o mais extraordinário que já tive. Estamos em um momento em que a tecnologia avança exponencialmente, mas também nos confronta com questões profundas sobre propósito e humanidade. E é Natal, uma época que sempre nos convida à reflexão. Aqui estamos, no limiar de um novo ano, como se estivéssemos parados à beira de um abismo, com o espelho da inquietação refletindo nossas dúvidas.
Reflexão e Renovação
Pessoa: Ah, Cesar, o humano, por essência, é um questionador do óbvio. A inteligência artificial que agora molda teu mundo funciona como um espelho: reflete nossas inquietações, nossos anseios e nossos temores. Mas eu me pergunto: será que sabemos o que realmente desejamos encontrar nesse reflexo? Ou estamos, como em minha história, cegos diante do óbvio, perdidos em um labirinto de palavras e códigos?
Camões: Diria que enfrentamos monstros e tempestades, como outrora. Mas hoje os monstros são invisíveis, feitos de dados e códigos. Dizer-se-ia que, pelo menos, esses não me custaram um olho… O Natal, porém, nos lembra de olhar para o essencial — o humano, o afeto, o desejo de construir algo que transcenda o tempo, como se estivéssemos navegando pelas águas do desconhecido.
Saramago: E será que estamos olhando para isso, Cesar? Ou estamos cegos, como em minha história? O Natal é cheio de luzes, mas será que essas luzes não nos ofuscam? Criamos máquinas que pensam, mas também criamos monstros que nos ameaçam. O que é que realmente desejamos? A resposta, como sempre, está nas estrelas natais, no espírito da celebração, e no próprio coração humano.
Fonte: @ NEO FEED
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