A extrema direita brasileira reivindica liberdade de expressão e capitalismo, mas apela ao neo-nazismo e ignora o capitalismo meritocrático, afastando-se da intervenção estrangeira enquanto é meramente latino.
A ascensão do nazismo contemporâneo não é um fenômeno isolado, mas sim uma consequência de raízes históricas que remontam ao fascismo do século XX. A efervescência política que ocorreu na Europa naquele período deu ensejo a movimentos extremistas que remeteram ao autoritarismo e ao nacionalismo exacerbados.
É preciso entender que o nazismo de hoje não é apenas uma questão de ideologia, mas sim de poder. O extremismo de direita, que engloba o nazismo, o fascismo e o racismo, busca instrumentalizar a sociedade e manipular o discurso público para consolidar seu poder. A comparação feita por uma pessoa com o gesto de Elon Musk durante um discurso com a saudação nazista, por exemplo, é uma demonstração clara de como o extremismo de direita pode se infiltrar na sociedade de maneira sutil, usando símbolos e gestos que remetem ao autoritarismo. A velocidade com que as células nazistas são descobertas no Brasil e em outros países é um indicativo claro do grau de ameaça que esses movimentos representam para a democracia e a liberdade.
A deturpação da liberdade de expressão em prol do nazismo
A cada dia que passa, a liberdade de expressão que antes servia como plataforma para a voz dos oprimidos está sendo distorcida pelas elites do conservadorismo, com o objetivo de dar voz aos que sempre exploraram. Até mesmo comunicadores que defendem a ideia de que o nazismo deveria ser resgatado como uma solução para problemas sociais. O nazismo, na minha perspectiva, é o último recurso que o capitalismo usa quando seu sistema ameaçado começa a perder o controle. Acredita-se que a meritocracia e o capitalismo são a única maneira de as pessoas terem acesso a uma ascensão social, mas as pessoas mais leigas e carentes de educação política estão sempre focadas nos seus objetivos pessoais, nunca se dando conta de que a pobreza e a exclusão social são causadas pelo próprio sistema capitalista.
Uma sociedade de bens finitos: quem perde
O grande problema é que os oligarcas não querem perder seus bilhões de dólares e continuam a acumular riqueza. Em uma sociedade com recursos limitados, quem perde ainda mais são os pobres e os excluídos. Nesse contexto, o nazismo está cada vez mais próximo de ser acionado, pois a questão das minorias ganhou mais visibilidade nos últimos anos e a ideia de progresso ameaça a burguesia. O capitalismo não existe em sua forma pura, pois nunca foi honesto. O oeste europeu e os Estados Unidos desenvolveram-se explorando e empobrecendo o sul global. Portanto, não há capitalismo sem exploração.
O neo-nazismo e a manipulação de massas
O brasileiro da extrema-direita que é enganado por esses bilionários internacionais esquece que na lógica do neo-nazismo, ele não é mais do que uma massa de manobra. Eles podem ser brancos, poliglotas e ganhar até 60 mil reais por mês, mas na visão do estadunidense, ele segue sendo um latino que ameaça a soberania. Essas pessoas que estão fazendo malabarismo para defender o gesto do Elon Musk estariam dividindo vagões dos campos de concentração com os pretos esquerdistas que eles tanto ofendem e tratam como inferiores.
A intervenção estrangeira e a exploração
Essas pessoas que se dizem patriotas estão implorando para os gringos virem aqui e, mais uma vez, nos roubarem. O que essas elites do atraso global fazem é se esconder atrás de uma manta de conservadorismo, para inflamar a maioria cristã, mas na verdade, eles tão pouco se importando com Jesus ou as igrejas.
Fonte: @ Nos
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