Dentro do espaço operacional seguro, a humanidade pode prosperar, antes de atingir os limites planetários, como mudanças climáticas e nível do rio Negro.
O Planeta Terra está à beira de um colapso irreversível devido à transgressão de seis dos nove limites planetários, o que indica uma tendência alarmante de transgressão em sete deles. A situação é tão crítica que, se fosse analisada como um paciente, o Planeta estaria em estado de alerta máximo.
O diretor do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático (PIK), Johan Rockstrom, é categórico ao afirmar que o Mundo está à beira de um desastre ambiental sem precedentes. O Globo que conhecemos está mudando rapidamente, e o Planeta Azul que é o nosso lar está sendo destruído pela ação humana. É hora de agir e tomar medidas concretas para evitar que o Planeta atinja um ponto de não retorno. A responsabilidade é nossa e não podemos mais ignorar os sinais de alerta que o Planeta está nos enviando.
O Planeta em Perigo: Limites Planetários Transgredidos
O relatório recentemente divulgado pelo grupo de cientistas destaca que o Planeta já ultrapassou seis dos nove limites planetários estabelecidos, e em sete, apresenta uma tendência de transgressão. Isso significa que o Mundo está em um estado crítico, com a saúde da Terra em risco.
O Globo, também conhecido como Planeta Azul, está enfrentando desafios significativos, incluindo mudanças climáticas, acidificação dos oceanos e perda de biodiversidade. Esses processos estão interconectados e afetam a capacidade do Planeta de se autorregular.
Boris Sakschewski, co-líder da PBScience e principal autor do relatório, alerta que ‘quando olhamos para as tendências dos indicadores de saúde da Terra, vemos que em breve a maioria deles estará na zona de alto risco. Precisamos reverter essa tendência. Sabemos que todos os processos da Fronteira Planetária agem em conjunto e cada um precisa de proteção para proteger todo o sistema’.
Os Limites Planetários: O que São?
Os cientistas do PIK lançaram uma iniciativa chamada de ‘A Ciência dos Limites Planetários’ – PBScience, na sigla em inglês. Essa iniciativa visa entender os processos que afetam o Planeta e estabelecer limites para evitar danos irreversíveis.
Os processos foram divididos em nove categorias, incluindo mudanças climáticas, acidificação dos oceanos e perda de biodiversidade. Dentro dessas categorias, os cientistas estabeleceram os chamados ‘limites planetários’, que são os níveis máximos de alteração que o Planeta pode suportar sem sofrer danos irreversíveis.
Antes de atingir esses limites, estamos em um chamado espaço operacional seguro, dentro do qual a humanidade pode prosperar. No entanto, ‘uma vez violada uma fronteira, o risco de danificar permanentemente as funções de suporte à vida da Terra aumenta, assim como a probabilidade de cruzar pontos de ruptura que causam mudanças irreversíveis. Se múltiplos limites forem violados, os riscos aumentam acentuadamente’, alerta o instituto.
Os Nove Sistemas da Terra
O relatório publicado este mês destaca que em seis dessas categorias, os limites planetários já foram transgredidos. Confira os nove sistemas da Terra, aqueles em negrito já houve transgressão dos limites planetários:
* Mudança climática: a alteração do equilíbrio radiotivo da Terra – por exemplo, através do acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera – aumenta a temperatura global e altera os padrões climáticos.
* Mudança na integridade da biosfera: o declínio da diversidade, tamanho e saúde dos organismos vivos e ecossistemas impacta a capacidade da biosfera de se autorregular, afetando o equilíbrio energético e os ciclos químicos na Terra.
* Mudança no sistema terrestre: a transformação de paisagens naturais, através da urbanização e da agricultura, afeta a capacidade do Planeta de se autorregular.
* Mudança nos ciclos de nutrientes: a alteração nos ciclos de nutrientes, como o nitrogênio e o fósforo, afeta a capacidade do Planeta de se autorregular.
* Mudança nos ciclos de água: a alteração nos ciclos de água, como a evaporação e a precipitação, afeta a capacidade do Planeta de se autorregular.
* Mudança na acidificação dos oceanos: a alteração no pH dos oceanos, causada pelo aumento do dióxido de carbono na atmosfera, afeta a capacidade do Planeta de se autorregular.
* Mudança na perda de biodiversidade: a perda de espécies e ecossistemas afeta a capacidade do Planeta de se autorregular.
* Mudança nos ciclos de sedimentos: a alteração nos ciclos de sedimentos, como a erosão e a deposição, afeta a capacidade do Planeta de se autorregular.
* Mudança nos ciclos de químicos: a alteração nos ciclos de químicos, como os poluentes, afeta a capacidade do Planeta de se autorregular.
O relatório destaca que é fundamental que a humanidade tome medidas para reverter essa tendência e proteger o Planeta. Isso inclui reduzir as emissões de gases de efeito estufa, proteger a biodiversidade e promover a sustentabilidade.
Fonte: @ Terra
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