A formalização de empresas sem CNPJ garante direitos e vantagens, além de impacto positivo no faturamento dos negócios médios e pequenos, diante da informalidade.
A criação de um CNPJ pode ser um divisor de águas para os negócios empreendedores no Brasil, afinal, 37% dos pequenos negócios, sem CNPJ, não contam com um faturamento mensal.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC/IBGE) realizada pelo Sebrae, em 2020, os pequenos negócios, sem CNPJ, não contam com um faturamento mensal. Para aqueles que optaram por se formalizar, a abertura de um CNPJ pode ser um divisor de águas para os empreendedores, afinal, 37% dos pequenos negócios, sem CNPJ, não contam com um faturamento mensal. Segundo estudo, o rendimento médio dos empreendedores formais triplica em relação aos informais. Nesse sentido, a abertura de um CNPJ pode ajudar a viabilizar os pequenos negócios devido a maior capacidade de faturamento.
O crescimento sustentável dos negócios sem CNPJ
Em 2023, os empreendedores de pequenos negócios, seja como MEI, micro ou empresas formais, apresentaram um crescimento significativo, alcançando um rendimento médio de R$ 3.602/mês, um aumento de 17% em relação ao ano de 2021, quando o rendimento era de R$ 2.699/mês. Esse aumento pode ser ainda mais acentuado se considerarmos apenas os negócios formalizados, com um rendimento médio de R$ 5.741/mês, representando um incremento de 193% em relação ao mesmo período de 2021. Essa tendência confirma a importância do ambiente de negócios e do bom momento da economia para o crescimento sustentável dos pequenos negócios.
Fomentando a formalização e a segurança do CNPJ
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a pesquisa destaca a importância do trabalho realizado pela instituição em melhorar o ambiente de negócios, contribuindo para o bom momento econômico. Além da criatividade e dedicação do empreendedor, outros fatores, como a formalização do negócio, são cruciais para o sucesso. A formalização, seja como MEI, micro ou pequena empresa, garante ao empreendedor uma série de direitos, como acesso a crédito, benefícios previdenciários, emissão de notas fiscais e participação em licitações.
A informalidade e a importância do Simples Nacional
O estudo do Sebrae também destaca a importância do Simples Nacional, que, se não existisse, 63% das empresas optantes por esse modelo de tributação seriam forçadas a ir para a informalidade ou reduziriam suas atividades. O Simples foi uma conquista importante para assegurar a cidadania de empreendedores e dos quase 50% da população que sonham em serem donos do próprio negócio.
A renda média por setor
O levantamento também apresenta a renda média por setor, com o segmento da Agropecuária apresentando o maior crescimento (12,9% acumulado), seguido pelo Comércio (11,3% acumulado), Construção (5,1% acumulado), Indústria (1,4% acumulado) e Serviços (-1,3% acumulado). Esses indicadores mostram a importância da diversificação e da formalização para o sucesso dos negócios e a necessidade de políticas públicas que apoiem o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios sem CNPJ.
Fonte: @ PEGN
Comentários sobre este artigo