Decisões de compra em dois turnos reduziriam a taxa de inadimplência no Brasil, pois muitas dívidas são contraídas em atos de impulso, sem uma segunda validação no processo de escolha.
Às vezes, a vida nos oferece um segundo turno, uma nova chance de escolher o caminho certo. No último domingo, fui às urnas e agora estou preparado para voltar lá no dia 27 de outubro para dar o meu voto final sobre quem vai liderar a minha cidade. Embora eu entenda a importância do segundo turno em uma eleição, acho que poderíamos resolver tudo já no primeiro turno.
No entanto, é importante aproveitar essa segunda oportunidade para fazer a escolha certa. É uma chance de refletir sobre as opções e considerar os prós e contras de cada candidato. Além disso, é uma nova oportunidade para os candidatos se apresentarem e convencerem os eleitores de que são a melhor escolha. Vamos aproveitar essa chance e fazer a escolha certa para o futuro da nossa cidade. A escolha é nossa.
Segundo Turno: Uma Nova Chance para Decisões Mais Ponderadas
É comum precisarmos de uma segunda validação para ter certeza de que estamos no caminho certo. Isso é especialmente verdadeiro quando se trata de decisões financeiras. Imagine se todas as nossas decisões de compra fossem tomadas em dois turnos. A taxa de inadimplência no Brasil provavelmente seria bem menor, pois muitas dívidas são contraídas em atos de impulso.
A comparação entre decisões de compra e o segundo turno de uma eleição pode ser uma maneira interessante de ajudar a fazer escolhas mais ponderadas. No primeiro turno de uma eleição, há muitos candidatos disponíveis e a escolha pode ser difícil. A opinião de amigos, análises de especialistas, pesquisas e os posts das redes sociais têm peso relevante na decisão. Quanto mais aberto o leque, maior a suscetibilidade a influências externas.
Isso acontece igualmente no primeiro turno de uma compra. A chance de comprar algo levado pelo contexto do que pela necessidade é bastante grande. Um levantamento da Serasa aponta que sete em cada dez brasileiros já fizeram compras não planejadas e 72% se arrependeram dos produtos adquiridos por impulso. Se essas pessoas tivessem tido a chance de um segundo turno, a história poderia ser outra.
O Poder do Segundo Turno
Mesmo sofrendo influências, a decisão seria mais certeira, pois haveria mais tempo para pensar, o freio do impulso seria dado, o processo de escolha seria mais focado, permitindo que uma avaliação mais profunda das qualidades específicas de cada ‘candidato’ a compra. O segundo turno ajudaria, inclusive, a criar parâmetros mais apurados sobre os motivos da compra. A busca pela satisfação imediata seria substituída pelo prazer mais duradouro de uma decisão mais ponderada.
Em uma compra por impulso, o que vale é a oportunidade da vez, a liquidação, o ‘eu mereço’. No segundo turno é diferente. Vale mais o produto que atenda às necessidades de maneira mais satisfatória, com menos arrependimento. É por essas e outras que vale a pena encarar um segundo turno. Com essa abordagem, podemos ter uma segunda chance de fazer escolhas mais informadas e evitar arrependimentos futuros.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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