O Pisa mostra aumento de ansiedade em matemática entre estudantes de 81 países, especialmente no Brasil.
A ansiedade se tornou um problema prevalente no Brasil, especialmente entre os estudantes, que enfrentam grandes pressões em suas avaliações, como o medo de não alcançar as notas esperadas, o que pode levar a nervosismo e tensão. Isso não é exclusividade dos estudantes, pois a ansiedade permeia todos os níveis da sociedade, e pode resultar em desamparo e uma sensação de desespero.
De acordo com dados da OCDE, os estudantes brasileiros enfrentam uma situação agradavelmente difícil em relação ao desempenho em matemática. Isso não é exclusividade da matemática, já que a ansiedade se faz presente em todas as áreas do conhecimento. Estatísticas apontam que 79,5% dos estudantes brasileiros têm medo de não entender as matérias e 62,3% se sentem carentes de apoio quando resolvem problemas matemáticos. Isso sugere que os problemas de aprendizado podem ser mais complexos do que apenas a questão acadêmica em si.
Ansiedade em relação à matemática cresce entre jovens de 81 países
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) realizou uma pesquisa internacional sobre educação, revelando que os estudantes estão desenvolvendo uma postura cada vez mais negativa em relação ao aprendizado de matemática. A ansiedade em relação à matemática é um problema comum entre os jovens, afetando sua prontidão para o aprendizado ao longo da vida.
Os dados do Pisa (Programa para a Avaliação Internacional dos Estudantes) mostram um aumento acentuado no nível de ansiedade em relação à matemática entre os alunos da grande maioria dos 81 países avaliados. No Brasil, 1 a cada 3 professores do ensino médio não é formado na disciplina que leciona, o que pode contribuir para o crescimento da ansiedade entre os estudantes.
Na média dos países da OCDE e parceiros, 65% dos estudantes têm ansiedade em relação às suas notas em matemática e cerca de 40% dos estudantes ficam nervosos, tensos ou desamparados resolvendo problemas matemáticos. No Brasil, esses índices são ainda mais altos: 79,5% e 62,3% respectivamente. A ansiedade em relação à matemática pode ser um sinal de que os alunos estão sentindo desamparo e falta de confiança em suas habilidades.
O estudo também analisou a autoeficácia dos alunos, ou seja, a confiança que eles têm em suas habilidades e capacidades. A autoeficácia é importante para o aprendizado, pois ajuda os alunos a controlar seus impulsos e emoções e a ter disciplina de aprendizagem. O Pisa 2022 mostrou que países com os menores níveis de autoeficácia foram também os que tiveram maiores níveis de ansiedade com a matemática.
A especialista em educação Cláudia Costin explica que a autoeficácia é crucial para o sucesso escolar, pois ajuda os alunos a serem protagonistas da própria vida escolar e a realizar seus projetos de vida. No entanto, a falta de autoeficácia pode levar à ansiedade e à falta de motivação.
O relatório da OCDE é preocupante, pois sugere que o bem-estar dos jovens se deteriorou e que são necessárias políticas públicas para cuidar da saúde mental dos alunos. A ansiedade em relação à matemática pode ser um sinal de que os alunos precisam de apoio e orientação para superar suas dificuldades.
Tensão e nervosismo aumentam entre estudantes
Os dados do Pisa também mostram que a tensão e o nervosismo aumentam entre os estudantes ao lidar com problemas matemáticos. Cerca de 40% dos estudantes ficam nervosos, tensos ou desamparados resolvendo problemas matemáticos. No Brasil, esses índices são ainda mais altos: 62,3%.
A falta de confiança em suas habilidades e capacidades pode levar a um aumento da tensão e do nervosismo entre os estudantes. A ansiedade em relação à matemática pode ser um sinal de que os alunos precisam de apoio e orientação para superar suas dificuldades.
Desamparo e falta de confiança afetam o aprendizado
A falta de autoeficácia e a ansiedade em relação à matemática podem afetar o aprendizado dos alunos. A falta de confiança em suas habilidades e capacidades pode levar a um aumento da tensão e do nervosismo, o que pode afetar a motivação e a disciplina de aprendizagem.
O estudo também mostrou que a falta de autoeficácia é um problema comum entre os países, especialmente na América Latina e na Europa. A falta de confiança em suas habilidades e capacidades pode ser um sinal de que os alunos precisam de apoio e orientação para superar suas dificuldades.
Políticas públicas para cuidar da saúde mental dos alunos
O relatório da OCDE é preocupante, pois sugere que o bem-estar dos jovens se deteriorou e que são necessárias políticas públicas para cuidar da saúde mental dos alunos. A ansiedade em relação à matemática pode ser um sinal de que os alunos precisam de apoio e orientação para superar suas dificuldades.
A OCDE recomenda que os governos desenvolvam políticas públicas para cuidar da saúde mental dos alunos, incluindo a criação de programas de apoio e orientação para os estudantes que estão se sentindo ansiosos ou nervosos. Além disso, a OCDE sugere que os governos devem investir em programas de educação para ensinar os alunos a gerenciar seus impulsos e emoções e a ter disciplina de aprendizagem.
A saúde mental dos alunos é fundamental para o sucesso escolar e para o bem-estar geral. A OCDE está trabalhando para ajudar os governos a desenvolver políticas públicas para cuidar da saúde mental dos alunos e a promover o sucesso escolar.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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