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Entidade emitiu aviso oficial sobre medicamento adulterado Ozempic falsificado em lote do ano passado, alertando sobre risco de contaminação.
Depois de revisar dados sobre falsificações reportadas no ano anterior do remédio Ozempic, recomendado para diabetes tipo 2 e utilizado indevidamente para emagrecimento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um aviso sobre as adulterações, que foram identificadas até mesmo no Brasil, e divulgou os lotes dos medicamentos falsificados em um comunicado oficial publicado nesta quinta-feira, 20.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) está atenta às práticas de falsificação de remédios e reforça a importância da vigilância para garantir a segurança dos pacientes. A OMS destaca a necessidade de medidas rigorosas para combater a comercialização de produtos farmacêuticos adulterados, visando proteger a saúde pública em escala global.
Alerta da Organização Mundial da Saúde sobre Riscos de Medicamento Falsificado
A Organização Mundial da Saúde está em alerta devido ao risco de contaminação por substâncias desconhecidas em medicamentos, especialmente o Ozempic falsificado. A entidade destaca a preocupação com a segurança dos usuários diante da possibilidade de adulterações que podem representar sérios riscos à saúde.
Segundo a OMS, a falsificação de medicamentos contendo o princípio ativo semaglutida tem sido observada em diversos países, incluindo o Brasil, Reino Unido, Irlanda do Norte e Estados Unidos. Relatórios indicam um aumento significativo de casos desde 2022, o que levou a entidade a emitir um aviso urgente aos consumidores.
A diretora-geral adjunta de Medicamentos Essenciais e Produtos de Saúde da OMS, Yukiko Nakatani, ressaltou a importância de interromper imediatamente o uso de medicamentos suspeitos e reportar às autoridades competentes. A orientação é comprar apenas medicamentos com receita médica, evitando adquiri-los em locais de venda não autorizados, principalmente online.
O Ozempic falsificado representa um perigo real para os pacientes, pois as adulterações podem conter substâncias prejudiciais à saúde, como insulina, que podem causar complicações graves e imprevisíveis. A falta de controle de qualidade dos componentes e agulhas também aumenta o risco de infecções e outros problemas de saúde.
A OMS enfatiza a importância de verificar cuidadosamente a embalagem, o lote e a data de validade dos medicamentos para garantir a sua autenticidade. Para auxiliar a população, a entidade divulgou informações sobre lotes irregulares, como o número de lote LP6F832 com vencimento em 11/2025, que não é reconhecido, e o lote NAR0074 com número de série incompatível com registros verdadeiros de fabricação.
No final do ano passado, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos emitiu um comunicado sobre o recolhimento de milhares de unidades falsas do Ozempic, destacando que até as agulhas foram adulteradas, aumentando ainda mais os riscos para os pacientes. Cinco casos de eventos adversos foram identificados, com sintomas como enjoos, vômitos, diarreia e dores abdominais.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil também foi notificada sobre a circulação de lotes falsificados do Ozempic no país. Em resolução publicada no Diário Oficial da União, a Anvisa alertou para a falsificação do lote LP6F832 e destacou a importância de denunciar qualquer irregularidade relacionada a medicamentos falsificados.
Diante desse cenário, a OMS reforça a necessidade de vigilância e controle rigoroso sobre a comercialização de medicamentos, visando proteger a saúde e a segurança dos pacientes em todo o mundo.
Fonte: @ Veja Abril
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