Artigo de Alexandra Monteiro sobre o que impulsiona os estúdios compactos nas metrópoles globais, oferecendo unidades compactas em imóveis novos com oportunidades de ajuste.
Os imóveis compactos e os estúdios estreitos, como os apartamentos, se tornaram opções populares em grandes cidades brasileiras nos últimos anos.
Essa tendência é semelhante às principais metrópoles globais, onde a procura por espaços residenciais mais eficientes aumentou significativamente. Acessibilidade e economia de espaço são principais fatores para a escolha desses imóveis. De acordo com relatórios recentes, a demanda por apartamentos e estúdios aumentou significativamente nas últimas décadas.
Imóveis compactos, uma opção de investimento segura no mercado imobiliário
A localização estratégica de importantes vias de deslocamento, estações de transporte público, centros financeiros e áreas com ampla oferta de serviços e comércio fez com que o tipo de imóvel seja cada vez mais bem aceito pelo público que prioriza tempo e qualidade de vida, em detrimento de metros quadrados. O número de lançamentos e vendas deste tipo de imóvel não para de crescer. Conforme dados do Secovi-SP, em novembro de 2024 foram comercializados 7,7 mil imóveis de até 45 metros quadrados na cidade de São Paulo, mais de 80% de todos os imóveis novos vendidos na capital paulista no mês. Além disso, o percentual de lançamentos de imóveis compactos é ainda mais expressivo: 90% de todos os imóveis lançados na cidade em novembro do ano passado têm até 45m². A procura por estúdios e apartamentos compactos segue aquecida e essa tendência deverá se manter nos próximos anos. Apesar da instabilidade da economia e da alta da Selic, a investição nestes imóveis continua sendo vantajosa, uma vez que requer uma imobilização menor de recursos e permite o retorno do capital investido mais rapidamente através da locação mais fácil. De acordo com o Índice FipeZAP, a locação residencial na capital paulista registrou expansão de 11,2% nos últimos 12 meses. Os apartamentos compactos têm uma melhor relação entre o valor de compra e o potencial de aluguel em comparação a outros tipos de imóveis, resultando em um retorno sobre investimento (ROI) bem atrativo. Além disso, a maior rotatividade de locatários em unidades compactas pode aumentar as oportunidades de ajuste de aluguel para valores de mercado. A popularização do home office e do trabalho remoto fez com que muitos profissionais, principalmente mais jovens, tenham como plano morar em diferentes cidades ou países e vejam o aluguel como uma opção mais prática e viável para seu estilo de vida. Por isso, os apartamentos compactos, localizados em regiões estratégicas da cidade e que oferecem uma vasta variedade de áreas comuns de serviço e lazer, como lavanderia compartilhada, coworking, piscina e academia, tem atraído um número cada vez maior de pessoas. A combinação de fatores econômicos, sociais e comportamentais faz com que os apartamentos compactos e os estúdios continuem sendo considerados um bom negócio tanto para investidores quanto para compradores e locatários. E essa tendência não parece estar saturada. Pelo contrário. Em áreas metropolitanas e regiões com alta densidade populacional, como São Paulo, a procura por moradias funcionais e acessíveis tende a seguir crescendo em ritmo acelerado.
Fonte: © Estadão Imóveis
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