Recomendações para os papéis das educacionais foram reiteradas, mas o banco americano tem dois favoritos: visibilidade – recuperação operacional, patamar de juros mais alto e múltiplos ações baratas.
As instituições de ensino do Brasil enfrentam desafios significativos, especialmente em relação à recuperação operacional. Isso se deve ao fato de a visibilidade dessas instituições ainda ser muito baixa, limitando a capacidade de se adaptar às mudanças no mercado de maneira eficaz. Além disso, a pressão do lucro ao longo de 2025 será intensa, em grande medida devido ao patamar de juros mais alto no Brasil.
A educação é um setor crítico para o desenvolvimento de um país, e a situação atual é preocupante. A baixa visibilidade das instituições de ensino dificulta a tomada de decisões estratégicas, afetando negativamente a qualidade da educação oferecida. A falta de recursos financeiros, em grande parte devido ao alto patamar de juros, torna ainda mais desafiadora a missão de oferecer uma educação de qualidade para todos. A pressão exercida sobre o lucro das instituições do setor de educação é um reflexo da complexidade do mercado, que precisa ser enfrentada com soluções criativas e inovadoras para garantir o sucesso a longo prazo.
Revisão de Preços-Alvo e Estratégias no Setor Educacional
O banco americano é uma autoridade no setor financeiro, e suas aferições de valor justo são tidos como um indicador sólido para as ações da educação no Brasil. Em recente revisão, eles puxaram o freio na estimativa de valor justo para as equipes do setor educacional, reduzindo preços-alvo em várias ações, mas sem alterar suas recomendações. A análise destaca que embora o preço-alvo de Ser tenha caído de R$ 7,50 para R$ 7, a recomendação neutra permanece intacta.
Além disso, o preço-alvo de Cogna foi diminuído de R$ 1,70 para R$ 1,40, mas a recomendação também se manteve neutra. Esse movimento reflete a visão do banco de que essas empresas têm uma margem de manobra para lidar com os desafios atuais. A visibilidade-recuperação-operacional nesses setores será crucial para o futuro da educação no país.
O preço-alvo de Vitru foi reduzido de R$ 17 para R$ 12, mas a recomendação de compra ainda é mantida. Isso sinaliza que o banco acredita que essas empresas têm potencial para se recuperar. O preço-alvo de Cruzeiro do Sul foi ajustado de R$ 6,50 para R$ 5,50, mas a recomendação de compra também foi mantida, refletindo a opinião do banco de que essas empresas têm uma base sólida.
O preço-alvo de Ânima foi cortado de R$ 6 para R$ 3,50, mas a recomendação de compra ainda é preservada, destacando a visão do banco de que essas empresas têm uma margem significativa de manobra. O preço-alvo de Yduqs caiu de R$ 18 para R$ 15, mas a recomendação de compra também foi conservada, indicando que o banco acredita que essas empresas têm potencial para o crescimento.
Os analistas Flávio Yoshida, Mirela Oliveira e Gustavo Tiseo escrevem que os dados preliminares do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e uma base de comparação mais baixa podem ser positivos para o setor, mas a deterioração do cenário macro e o impacto no poder de compra dos brasileiros são fatores de risco para novas matrículas, como foi observado. Além disso, o aumento dos juros no país pressionará o lucro das empresas do setor.
Em resumo, apesar da deterioração do cenário macro, a visibilidade e recuperação operacional das ações do setor educacional ainda oferecem oportunidades para investidores focados em retornos no médio e longo prazos. Com exposição a cursos a distância e posicionamento em cursos premium, essas empresas estão em uma boa situação para lidar com os desafios atuais.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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