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Artigo de Paula Casarini, CEO da Colliers Brasil, sobre motivos do retorno ao trabalho presencial. Movimento de empresas em localidades identificadas em janeiro.
Desde o ano passado, notamos uma tendência crescente de presencial em áreas como Copacabana, Ipanema, Leblon e Barra da Tijuca. Mais de 30 espaços foram reservados entre abril e junho, com ênfase nas regiões Avenida das Américas, Leblon e Lagoa Rodrigo de Freitas. Elas representaram 55% do total de locações no Rio de Janeiro.
Com a retomada gradual do trabalho presencial, é fundamental garantir ambientes seguros e adaptados às novas necessidades. A flexibilidade e a colaboração são essenciais para uma transição tranquila ao presencial. Acompanhar as tendências do mercado e as demandas dos colaboradores é crucial para o sucesso nesse novo cenário de presencial.
Retorno ao presencial: movimento constante nas localidades identificadas em janeiro
Os setores que se destacaram nesse movimento foram os do mercado financeiro, energia, automotivo, tecnologia e investimentos. A taxa de vacância permaneceu estável em 23%, mantendo o mesmo patamar de final de 2023. É interessante notar que as regiões de Rebouças, Pinheiros, Paulista, Itaim Bibi, JK e Nova Faria Lima apresentam taxas abaixo de 10%, enquanto Santo Amaro e Marginal Pinheiros registram as maiores taxas, com 58% e 48%, respectivamente.
Todos perguntavam se o trabalho presencial estava chegando ao fim durante a pandemia, mas agora a dúvida é se estamos nos despedindo do home office. Na minha visão, a resposta é não. No entanto, o futuro do trabalho aponta para um modelo híbrido, com uma inclinação para o presencial, dependendo do setor de atuação.
Durante a crise, muitos escritórios foram esvaziados por necessidade e, posteriormente, por uma percepção equivocada de que a crise perduraria indefinidamente. Com a vacinação em andamento e a situação se estabilizando, a ideia de permanecer em casa perdeu o apelo.
Algumas empresas optaram por um retorno total ao presencial, como o banco Morgan Stanley, enquanto seus concorrentes permitiram o trabalho remoto. A ressignificação do escritório se tornou essencial, assim como a adaptação dos espaços para encontros presenciais de forma híbrida.
Um estudo da Colliers no início de 2024 revela que 59% das pessoas estão trabalhando presencialmente no escritório, 28% em regime híbrido e 13% de forma remota. Olhando para o futuro, a expectativa é que o número de trabalhadores em regime híbrido aumente a partir de 2025, à medida que as empresas reconhecem a importância dessa abordagem para o trabalho.
Fonte: © Estadão Imóveis
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