A prata valoriza 35% no ano, enquanto o ouro atinge recorde histórico com alta de 30%, influenciados pela taxa de juros no mercado financeiro, que afeta commodities metálicas e a energia limpa, impactando o produto interno bruto.
A redução da taxa de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve, o banco central americano, impulsionou os metais preciosos a alcançar patamares recordes. O ouro e a prata se destacaram como os ativos mais valorizados do ano, com a prata atingindo seu maior valor em 12 anos na quinta-feira, 26 de setembro.
A valorização da prata foi de 35% no ano, ao ser cotada a US$ 32 a onça. Esse aumento reflete a tendência de investidores buscarem metais como uma forma segura de investimento em tempos de incerteza econômica. Além disso, a prata é uma commodity altamente procurada em diversas indústrias, o que contribui para sua valorização. Os investidores estão buscando diversificar seus portfólios com ativos mais seguros.
Metais Preciosos em Alta
Os preços dos metais estão em alta, impulsionados pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos. No dia anterior, o ouro atingiu um recorde histórico de US$ 2.690, uma valorização de 30% no ano. Já o Bitcoin teve alta de 53%. Os principais indicadores da bolsa de valores de Nova York, S&P 500 e Nasdaq, acumulam valorização de 20% e 21%, respectivamente.
A valorização dos metais é impulsionada pela perspectiva de menores rendimentos com os títulos do tesouro americano, o que beneficia os investimentos em commodities, que não pagam juros. Além disso, há a perspectiva de desvalorização do dólar frente às moedas globais. A demanda por metais também é impulsionada pela possibilidade de maior uso industrial, especialmente a prata, pela China, que anunciou um grande pacote de estímulos para impulsionar a economia.
Prata em Foco
A prata é um material importante na transição para a energia limpa e necessária na produção de energia solar e veículos elétricos, que tem crescido exponencialmente no gigante asiático. Além disso, a indústria de joias é responsável por mais de 20% da demanda do metal em 2023, e com a expectativa de aumento de até 10% neste ano. A oferta de prata, no entanto, está diminuindo, com uma projeção de queda de 0,8% na produção das minas no Peru, um dos principais exportadores, neste ano.
O ouro, por outro lado, tem um drive também político por ser considerado a principal reserva de valor, com investidores tentando se proteger de tensões geopolíticas e ainda por um temor de recessão na economia americana, com impactos globais por ser a maior economia do mundo. Novos dados de confiança do consumidor divulgados na terça-feira, 24 de setembro, indicaram que os americanos estão se sentindo pessimistas sobre a economia dos EUA e o futuro do mercado de trabalho.
Economia Americana em Foco
A economia americana tem demonstrado bom resultado por enquanto, com o produto interno bruto (PIB) do segundo trimestre crescendo 3% no anualizado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, acima da expectativa de 2,9% do mercado. No entanto, o mercado está acompanhando com lupa o desempenho da economia americana para entender o ritmo de cortes de juros. A taxa de juros é um fator importante para os investimentos em commodities, como ouro e prata, que não pagam juros.
Mas, ao que tudo indica, os metais preciosos continuarão a se valorizar com a perspectiva de longo prazo favorecendo seus fundamentos. A valorização dos metais é um sinal de que os investidores estão buscando ativos seguros e estáveis em um mercado financeiro volátil.
Fonte: @ NEO FEED
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