Quatro familiares de José Victor dos Santos Miranda ingressaram com ação por danos morais contra o clube que sofria ações sólidas da torcida organizada na rodovia Fernão Dias onde ocorreu a emboscada.
O Palmeiras segue embaixo de uma nuvem de controvérsias após ser acusada de ser a responsável pelo ataque que resultou na morte de um torcedor do Cruzeiro em outubro em uma rodovia paulista. A fatalidade, que ocorreu na rodovia Fernão Dias, deixou em suspenso a vida de José Victor dos Santos Miranda e trouxe inúmeros questionamentos sobre o comportamento de torcedores e cruzeirenses em geral.
Em decorrência do ocorrido, o Palmeiras foi acionado no Tribunal de Justiça de São Paulo por quatro familiares de José Victor dos Santos Miranda, que buscam justiça e responsabilização pelo ato cruel. Em meio a tanta incerteza, o Palmeiras precisa se’esforçar para reconstruir sua imagem e provar que não é um time que pratica violência.
Palmeiras e Mancha Alviverde em rota de choque no inquérito da emboscada
A situação envolvendo o Palmeiras e a Mancha Alviverde na investigação sobre a emboscada sofrida pelos torcedores do Cruzeiro, em 27 de outubro, no km 121 da rodovia Fernão Dias, tem gerado tensões significativas dentro do clube. Ainda que o Palmeiras não se manifeste sobre assuntos jurídicos, a matéria foi apurada pelo ge, trazendo à tona o impacto da emboscada nas ações judiciais movidas contra o clube.
As ações judiciais instauradas pelos familiares de José Victor Miranda, que resultaram em mais de R$ 9 milhões de indenizações e honorários, visam responsabilizar o Palmeiras pelo ambiente propício que, segundo os familiares, o clube criou para que os atos violentos da Mancha Alviverde se repetissem. A argumentação é baseada na falta de medidas de prevenção e punição eficazes do Palmeiras em relação às atividades violentas da torcida organizada.
A manobra empreendida pela Mancha Alviverde foi amplamente documentada por vídeos postados nas redes sociais, incluindo pelos próprios integrantes da torcida. A Polícia Civil identificou ao menos 18 membros da Mancha Alviverde envolvidos no ataque e, com base nesses vídeos, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e dez suspeitos presos. Além disso, outros dois palmeirenses já estavam detidos, enquanto oito continuam sendo procurados.
A investigação é parte do inquérito policial que analisa a emboscada sofrida pelos cruzeirenses na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã. A Mancha Alviverde usou pedaços de paus, pedras, barras de ferro e rojões durante o ataque, que resultou na morte de um torcedor da Máfia Azul e em 17 cruzeirenses feridos.
O Palmeiras, por sua vez, sustenta que não há relação com a Mancha Alviverde e que não tem vínculo com a torcida organizada. A presidente Leila Pereira possui medida protetiva contra as lideranças da Mancha Alviverde, que também estão investigadas pela emboscada. O clube também argumenta que não faz sentido ser responsabilizado por um crime ocorrido fora do contexto de um jogo.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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