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Segunda fase da Operação Venire investiga esquema fraudulento de falsas vacinações, busca dados na rede Nacional de Dados para identificar beneficiários.
A Polícia Federal (PF) realizou nesta quinta-feira (4) a segunda etapa da Operação Venire, que investiga a ocorrência de fraudes envolvendo a inserção de informações falsas sobre vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), vinculados ao Ministério da Saúde.
As investigações apontam para a existência de uma associação criminosa dedicada a fraudes na área da saúde, visando burlar os registros oficiais e comprometer a integridade dos dados. Essas irregularidades representam um sério risco para a eficácia das políticas públicas de combate à pandemia, evidenciando a gravidade das ações fraudulentas no contexto da vacinação contra a covid-19.
Operação Venire: Nova fase da investigação sobre fraudes em vacinação
A Polícia Federal divulgou que está em andamento uma nova etapa da Operação Venire, com o intuito de desmantelar um esquema fraudulento envolvendo a inserção de dados falsos de vacinação no sistema. As irregularidades, corrupção e golpes perpetrados por agentes públicos ligados ao município de Duque de Caxias (RJ) estão sendo alvo de mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A corporação ressaltou que a segunda fase da operação visa não apenas combater as fraudes já identificadas, mas também buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento. A ação ocorre simultaneamente em duas cidades, Rio de Janeiro e Duque de Caxias, como parte dos esforços para desmantelar a rede de corrupção que vem prejudicando o sistema de vacinação.
A primeira fase da Operação Venire foi deflagrada no ano passado e resultou na prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. Durante as investigações, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente, em Brasília, evidenciando a extensão do esquema fraudulento.
A investigação aponta para a adulteração no cartão de vacina de Bolsonaro, de sua filha Laura e de Mauro Cid, alegando que a imunização teria ocorrido em uma Unidade Básica de Saúde em São Paulo, em julho de 2021. No entanto, a prefeitura de São Paulo negou qualquer atendimento ao ex-presidente na data mencionada, destacando que não houve registro de vacinação na UBS citada.
Além disso, foi constatado que a profissional listada como vacinadora nunca esteve empregada na unidade de saúde em questão. O Ministério da Saúde reiterou que todas as informações no sistema de registro de imunizações do SUS são verificáveis e inseridas mediante cadastro, descartando a possibilidade de invasões externas ou acesso não autorizado durante o período investigado pela PF.
Fonte: @ Agencia Brasil
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