Decisão do Comando-Geral da PM recolher aparelhos devido à tecnologia obsoleta, fragilidade e vulnerabilidade, além de falta de aporte financeiro e suporte técnico completo para manutenção de equipamentos.
A Polícia Militar de Santa Catarina decidiu recolher as câmeras corporais utilizadas pelos policiais do estado, após quatro anos de uso. A medida foi anunciada na segunda-feira (16) e atinge os equipamentos que foram introduzidos nas fardas dos agentes em 2019, tornando Santa Catarina o primeiro estado a adotar essa tecnologia.
A decisão de recolher os aparelhos partiu do Comando-Geral da PM, que não divulgou os motivos para essa medida. As câmeras na farda foram introduzidas com o objetivo de aumentar a transparência e a segurança nas ações policiais. No entanto, agora elas serão recolhidas e substituídas por novos equipamentos que atendam às necessidades atuais da corporação. A tecnologia está em constante evolução e é importante que as forças de segurança estejam sempre atualizadas para garantir a eficácia de suas ações.
Desafios com as Câmeras Corporais
A Polícia Militar (PM) de Santa Catarina anunciou que as câmeras corporais utilizadas por seus agentes não atingiram os objetivos esperados e apresentam tecnologia obsoleta. Além disso, a corporação destacou que esses dispositivos são vulneráveis e frágeis em termos de segurança, o que possibilita a invasão e adulteração de imagens. A PM também mencionou que a empresa responsável pelo fornecimento dos equipamentos não realiza mais serviços de manutenção, deixando os aparelhos sem conserto, e que há falta de aporte financeiro para dar continuidade ao programa.
O coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, comandante-geral da PM, enfatizou que os aparelhos e o software utilizados pelas atuais câmeras corporais não atendem mais às necessidades da corporação. Em resposta, a Ditec, responsável pelo fornecimento dos equipamentos desde 2019, afirmou que garantiu suporte técnico completo e a manutenção dos equipamentos conforme estabelecido até o fim do contrato, em setembro do ano passado. No entanto, a empresa destacou que não possui mais responsabilidade pela manutenção dos dispositivos nem pela segurança dos dados armazenados após o término do contrato.
Investimento e Implementação
Em 2018, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina repassou R$ 6,2 milhões à Polícia Militar para implementar o projeto das câmeras corporais. Esse foi o único repasse para o programa. A PM afirma que vai iniciar um estudo para buscar uma solução, mas não deu prazos. O estudo deverá apresentar uma nova alternativa de financiamento e manutenção das câmeras corporais, diz a corporação.
No Brasil, ao menos sete estados têm Polícias Militares que usam câmeras na farda: São Paulo, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Rondônia. O Paraná deve iniciar seu programa a partir de fevereiro. Em maio, o Ministério da Justiça e Segurança Pública criou diretrizes para o uso de câmeras corporais em uniforme da polícia.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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