Orientações médicas e textos de saúde assinados por profissionais de primeira linha do Brasil. A OMS estima que 7 milhões de pessoas morrem por ano devido à exposição a partículas finas da poluição atmosférica que afetam pulmões e doenças cardiovasculares.
O impacto da poluição no meio ambiente é um problema de grande magnitude. Dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam sete milhões de mortes anuais por doenças cardiovasculares causadas pela poluição atmosférica, sendo 25% por causas cardíacas e 24% por acidente vascular cerebral (AVC). Ainda, de acordo com a OMS, nove em dez pessoas no mundo respiram poluentes que excedem os limites tolerados.
A poluição atmosférica é apenas uma das formas de contaminação ambiental, e o silêncio não é opção. A poluição sonora também atua sobre a saúde das pessoas, causando danos ao sistema auditivo, processo de concentração e até mesmo problemas de sono. Além disso, as principais fontes de poluição são as indústrias e veículos, que contribuem para o aumento da poluição atmosférica. É necessário que os governos e as empresas se unam para combater a poluição e criar ambientes mais saudáveis para as pessoas.
Poluição: Uma ameaça latente à saúde cardiovascular
A exposição prolongada ao ar poluído não apenas afeta a saúde cardiovascular, mas também impõe uma carga significativa sobre o sistema cardiovascular. De acordo com pesquisas, a relação entre tempo de exposição ao ar poluído e período de hospitalização por problemas cardiovasculares é estreita. No Brasil, as queimadas e o clima seco enfrentados em boa parte do território ao longo do ano são agravantes que comprometem a saúde cardiovascular de uma parcela significativa da população.
Poluição atmosférica e sonora: Impacto sobre o sistema cardiovascular
A poluição atmosférica, em particular, é citada como uma das causas de arritmias cardíacas. As partículas finas presentes na poluição atmosférica entram na corrente sanguínea e causam inflamações nos vasos, o que pode levar ao estreitamento e à resistência das artérias, resultando no aumento da pressão arterial e no risco de doenças cardiovasculares. Além disso, a poluição afeta o sistema nervoso central, alterando a normalidade do fluxo sanguíneo e contribuindo para o AVC.
Poluição: Uma questão de saúde pública
A poluição não é uma questão apenas ambiental, mas também de saúde pública. De acordo com estatísticas, a cada quatro óbitos por doenças cardiovasculares, três ocorrem em países de baixa e média renda. Isso é devido à falta de áreas verdes, ao uso de transporte público e à exposição a inalação fumaça proveniente dos veículos.
Poluição: Um desafio para a saúde cardiovascular
A baixa renda e o baixo nível de escolaridade dos cidadãos também impactam na saúde. Em condicionantes financeiras mais precárias, há menos adesão e manutenção dos tratamentos propostos, e as campanhas antitabagismo não sempre induzem a um movimento de parar de fumar. Além disso, a alimentação de má qualidade nutricional, seja por falta de informação adequada ou por menor custo, pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
Poluição: Uma questão de governança
A aplicação dos conceitos ESG — Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança) — na área da saúde cardiovascular é urgente. ESG é um conjunto de padrões de gestão que orientam boas práticas ambientais, sociais e de governança, e pode ajudar a reduzir o impacto da poluição sobre a saúde cardiovascular. A integração desses conceitos na gestão da saúde cardiovascular pode ser um passo importante para mitigar o impacto da poluição sobre a saúde cardiovascular e promover uma sociedade mais saudável.
Fonte: @ Veja Abril
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