ouça este conteúdo
Por que a felicidade da mãe solteira de 40 anos incomoda tanto? Pessoas odeiam quando uma mulher super famosa encontra a felicidade em meio a muitas dificuldades.
Na semana passada, tive a oportunidade de assistir ao filme ‘Um Pensamento de Ti’, uma comédia romântica que aborda a busca pela felicidade. A trama gira em torno de uma mãe solteira de 40 anos, papel brilhantemente interpretado por Anne Hathaway, que se vê envolvida em um romance improvável com um jovem de 24 anos, membro de uma boyband de grande sucesso.
A história desse filme nos faz refletir sobre a importância de buscar a felicidade em diferentes fases da vida. Através dos altos e baixos dos personagens, somos lembrados de que o verdadeiro bem-estar vem de dentro, independentemente das circunstâncias externas. É um lembrete inspirador de que a alegria pode ser encontrada nos momentos mais inesperados, trazendo um profundo contentamento para nossas vidas.
Reflexões sobre a Felicidade e suas Barreiras
Um relacionamento que enfrenta muitas dificuldades, como é de se esperar. Em certo ponto da narrativa, a amiga dessa mãe solteira de 40 anos compartilha com ela uma frase marcante: ‘as pessoas odeiam mulheres felizes’. Essa simples frase ecoou em minha mente, levantando questionamentos sobre por que a felicidade alheia causa tanta incomodação.
É interessante como a alegria, o contentamento e o bem-estar alheios podem despertar sentimentos negativos em alguns. Lembro-me de diversas situações em que me vi constrangida por estar feliz – seja por uma oportunidade profissional, uma conquista pessoal ou um novo relacionamento. Cheguei até mesmo a ocultar momentos felizes de amigos próximos, por receio de que não compartilhassem da mesma alegria. Como se a felicidade fosse algo proibido.
Essa temática também é abordada em um filme, no qual a protagonista, após um divórcio conturbado, encontra finalmente um novo amor, porém se vê impedida de vivenciá-lo plenamente devido às críticas sociais. Curiosamente, seu ex-marido segue adiante com uma mulher mais jovem, sem que a diferença de idade seja motivo de reprovação, afinal, ele é homem. A sociedade parece aceitar mais facilmente a felicidade masculina.
Para as mulheres, é uma tarefa árdua assumir e celebrar sua própria felicidade. Nadar contra a correnteza desse padrão estabelecido há tanto tempo exige esforço e coragem. Fomos condicionadas a priorizar o bem-estar alheio em detrimento do nosso, o que torna desafiador colocar-se em primeiro plano.
Uma mulher feliz, independente e realizada representa uma ameaça para aqueles que detêm o poder, quase como um ato de rebelião contra a ordem estabelecida. É por isso que é crucial que não desistamos de buscar a felicidade em nossas próprias escolhas. Nossa alegria não é apenas individual, mas coletiva, pois inspira e fortalece outras mulheres em um mundo que por muito tempo as silenciou.
Portanto, se você sentir aquela sensação de plenitude no peito, não a esconda. Viva intensamente e compartilhe sua felicidade com o mundo, sem qualquer sentimento de culpa. Não há nada de errado nisso. Afinal, a felicidade é um direito de todos.
Fonte: © CNN Brasil
Comentários sobre este artigo