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Até o mês passado, as pessoas usavam dispositivos de armazenamento obsoletos para atender às regulamentações de Assuntos Digitais.
Levou um tempo, mas o Japão finalmente se despediu dos disquetes. Até o mês passado, ainda era necessário enviar documentos ao governo usando disquetes, mesmo com mais de mil regulamentações exigindo seu uso. No entanto, essas regras foram finalmente revogadas, de acordo com o ministro de Assuntos Digitais, Taro Kono.
Agora, com a eliminação da exigência de uso de disquetes, o Japão dá um passo adiante na modernização de seus processos. O antigo disco flexível magnético que um dia foi essencial para armazenamento de dados, agora dá lugar a tecnologias mais avançadas. A mudança representa um marco na história da tecnologia, mostrando que é preciso se adaptar às novas demandas digitais.
Eliminação dos Disquetes: Uma Vitória Tecnológica
Em um movimento ousado, Kono declarou guerra aos disquetes em 2021, visando eliminar essa tecnologia obsoleta. Após quase três anos de batalha, o anúncio triunfante foi feito na quarta-feira (3/7): ‘Vencemos a guerra contra os disquetes!’ Kano, desde que assumiu o cargo, estabeleceu como meta se livrar de dispositivos de armazenamento ultrapassados, incluindo os disquetes e até mesmo os aparelhos de fax.
O Japão, outrora líder em inovação tecnológica, enfrentou desafios na era da transformação digital global devido à resistência à mudança. A preferência por métodos tradicionais, como os aparelhos de fax em vez de e-mails, mostrou a relutância em adotar novas tecnologias. Planos anteriores de remover esses dispositivos dos escritórios públicos foram interrompidos devido à resistência encontrada.
O anúncio da eliminação dos disquetes gerou discussões acaloradas nas redes sociais japonesas. Alguns usuários expressaram surpresa com o fato de o governo ainda utilizar esses discos magnéticos, considerando-os símbolos de uma gestão antiquada. Comentários nostálgicos também surgiram, levando alguns a questionar se os disquetes se tornariam itens colecionáveis em sites de leilão.
Os disquetes, uma vez populares na década de 1960, tornaram-se obsoletos na década de 1990 com o avanço de soluções de armazenamento mais eficientes. Um disco flexível de 3,5 polegadas pode armazenar até 1,44 MB de dados, uma fração do que os dispositivos modernos são capazes de armazenar. A Sony, última fabricante de disquetes, encerrou sua produção em 2011, marcando o fim de uma era tecnológica.
Como parte dos esforços para digitalizar a burocracia, o Japão lançou a Agência Digital em setembro de 2021, liderada por Kono. No entanto, a transição para o digital pode enfrentar obstáculos, como a persistência de práticas tradicionais, como o uso de carimbos hanko para documentos oficiais, em vez de assinaturas convencionais. A resistência à mudança é evidente, com muitas pessoas relutantes em abandonar essas práticas antigas.
A evolução tecnológica no Japão também viu o fim dos pagers, com o último fornecedor encerrando suas operações em 2019. A transição para métodos de comunicação mais modernos tem sido gradual, com alguns indivíduos mantendo preferências por tecnologias antigas, como os pagers, por motivos pessoais.
A jornada do Japão rumo à digitalização enfrenta desafios, mas com liderança e determinação, o país está progredindo em direção a um futuro mais tecnológico e eficiente. A eliminação dos disquetes é apenas o primeiro passo em direção a um ambiente digital mais moderno e adaptado às demandas atuais.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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