Excesso de oferta de petróleo aconteceu somente duas vezes: na pandemia e na crise asiática de 1998, impactando global de petróleo e preços globais de commodities, com influência nos preços de alimentos e preço médio das commodities globais.
Os preços do petróleo e dos alimentos podem sofrer um declínio significativo nos próximos dois anos por conta de um aumento exagerado na petróleo produção. Isso é o que aponta um novo relatório do Banco Mundial sobre os mercados globais de commodities.
O relatório do Banco Mundial prevê que a oferta global de petróleo superará a demanda em média 1,2 milhão de barris por dia. Isso deve levar aos preços do petróleo a cair de uma média de US$ 80 por barril em 2024 para US$ 73 em 2025 e US$ 72 em 2026, acarretando consequências na economia. A redução, por sua vez, pode influenciar a economia global e o mercado de petróleo
Precipício no mercado de petróleo
O mercado de petróleo enfrenta uma situação inédita, com oferta excessiva de mais de 1,2 milhão de barris por dia (bpd), um cenário que se repete apenas duas vezes na história: no início da pandemia, quando as economias foram fechadas, e na crise asiática de 1998, quando a recessão econômica atingiu o Extremo Oriente. Esta análise revela que a tendência de queda nos preços do petróleo, impulsionada pela expansão da produção, pela redução da demanda na China e pela transição para fontes de energia limpa, deve continuar mesmo que o conflito no Oriente Médio se agravasse.
A queda nos preços do petróleo terá um efeito colateral, reduzindo o preço médio das commodities globais, incluindo alimentos e metais, atingindo um nível mais baixo em cinco anos. De 2024 a 2026, os preços globais das commodities devem cair quase 10%. Os preços dos alimentos devem cair 9% este ano e mais 4% em 2025, antes de se estabilizarem, conforme divulgado pelo Banco Mundial. Mesmo assim, os preços gerais das commodities permanecerão 30% mais altos do que estavam nos cinco anos anteriores à crise da covid-19, em 2020, acrescentando o relatório. Para o Banco Mundial, o relatório proporcionará conforto aos bancos centrais preocupados com o efeito do aumento dos preços na inflação média, permitindo-lhes reduzir as taxas de juros a um ritmo mais rápido do que o esperado anteriormente.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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