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Agentes cumpriram mandados de prisão de suspeitos ligados a empresa investigada na terça-feira.
RIO DE JANEIRO, RJ (GLOBO/FOLHAPRESS) – A Polícia Federal do Brasil deteve quatro indivíduos acusados de desviar aproximadamente R$ 3 milhões que seriam utilizados para comprar medicamentos essenciais para o tratamento de um menino de 9 anos com leucemia grave, em Niterói (RJ). Agentes cumpriram ordens de prisão contra os acusados na tarde de quarta-feira (17).
Os suspeitos teriam desviado os fundos destinados para a compra dos medicamentos necessários para o tratamento do menino, prejudicando gravemente sua saúde. A comunidade local ficou chocada com a notícia e espera que a justiça seja feita para garantir que casos como esse não se repitam no futuro.
Investigação sobre desvio de medicamento;
Além das detenções, os agentes também realizaram buscas e apreensões em endereços vinculados aos investigados em Caçapava (SP), onde residia o proprietário da empresa, além de Porto Alegre e São Gabriel, no Rio Grande do Sul. Os suspeitos teriam desviado o montante destinado à aquisição do medicamento da menina, conhecida como Yasmin. O governo do Paraná efetuou o pagamento de R$ 2,4 milhões à empresa sob investigação para a aquisição do medicamento, entretanto apenas 10% das doses adquiridas foram de fato entregues. O esquema criminoso foi descoberto em junho último. Como o medicamento não foi fornecido, o governo estadual teve que adquiri-lo de outro fornecedor para o tratamento da menina.
Foram disponibilizados cinco frascos do medicamento no início de julho e a criança está em tratamento, porém não há informações recentes sobre seu estado de saúde. Yasmin luta contra um neuroblastoma desde os 5 anos de idade. Ela já passou por procedimentos cirúrgicos, quimioterapia e um transplante de medula, mas infelizmente a doença retornou.
Devido ao alto custo do medicamento, a família dela recorreu à Justiça do Paraná para que o governo arcasse com as despesas, obtendo decisão favorável. No entanto, enfrentaram os golpistas que desviaram o valor e não forneceram o produto. A empresa sob investigação não cumpriu com a entrega do produto adquirido pelo estado do Paraná.
Segundo a polícia, a empresa teria enviado apenas uma das seis ampolas do medicamento Danyelza que foram adquiridas. Os suspeitos estão sendo investigados pelos delitos de estelionato, organização criminosa, emissão de nota fiscal falsa e lavagem de dinheiro.
Conforme informações da Polícia Civil do Paraná, o proprietário da empresa detido em Cascavel foi submetido a uma audiência de custódia na Justiça de São Paulo, que determinou a manutenção de sua prisão. Atualmente, o indivíduo deve permanecer sob custódia no sistema prisional paulista ou ser transferido para o Paraná, onde o caso está sendo investigado.
Devido à não divulgação das identidades dos suspeitos, não foi possível localizar suas defesas. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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