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Técnicos-administrativos de institutos federais encerram paralisação. Professores e técnicos de universidades federais analisam propostas.
Os educadores da rede federal de ensino básico e técnico concordaram hoje (22) com uma oferta de aumento salarial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e optaram por encerrar a paralisação nacional nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), que já durava desde abril.
A decisão de encerrar a greve foi tomada após intensas negociações e representa um avanço significativo para a categoria, que agora poderá retomar suas atividades acadêmicas e administrativas normalmente. A paralisação gerou impactos no calendário escolar e nas atividades de pesquisa, mas agora os professores e alunos poderão voltar a focar no ensino e na aprendizagem.
Greve dos técnicos-administrativos e professores das instituições federais
A paralisação, que afetou os Institutos Federais (IFs) e outras unidades de ensino mantidas pelo governo federal, teve seu fim aprovado pelos técnicos-administrativos. A decisão foi tomada durante uma plenária do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Segundo o sindicato, as propostas de reajuste para ambas as categorias foram aprovadas por uma maioria expressiva de 89 votos a 15.
O Sinasefe informou que a greve dos professores e técnicos será suspensa assim que os acordos forem assinados com o Ministério da Gestão e Inovação. A expectativa é que isso ocorra já nesta quarta-feira (26). Além dos IFs, as universidades federais também estão enfrentando greves por parte de professores e técnicos-administrativos. O governo apresentou propostas às categorias, que estão em processo de análise e negociação dos termos.
Há uma grande expectativa em relação à posição dos docentes das universidades, que devem se manifestar por meio do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) neste domingo (23). Enquanto isso, os técnicos ligados às instituições federais de ensino superior decidiram manter a greve e iniciar uma nova rodada de negociações com o governo federal.
As propostas aceitas pelas categorias foram discutidas e negociadas ao longo deste mês pelo governo. O acordo aprovado pelos técnicos-administrativos do ensino básico inclui dois reajustes salariais: 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026. Além disso, estão previstas melhorias nas remunerações por progressão de carreira, bem como a criação do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) em 2026, um benefício que reconhece as titulações acadêmicas dos profissionais.
Para os professores das instituições federais, o governo propôs reajustes em 2025 e 2026, com percentuais diferenciados para cada classe profissional. O acordo também prevê a revogação de uma portaria, emitida em 2020, que aumentou a carga horária mínima semanal dos professores das unidades de ensino básico, técnico e tecnológico.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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