Grupo de Combate ao Crime Estabelece Central em Cena Aberta de Uso, desmantelando esquemas de lavagem.
Em São Paulo, SP, promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público denunciaram hoje um grupo criminoso composto por 11 pessoas suspeitas de fazer parte de uma organização criminosa ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Esse grupo é acusado de operar uma central do crime na favela do Moinho, localizada no centro da cidade.
O Gaeco tem intensificado suas ações contra o crime organizado, desmantelando grupos criminosos e desarticulando suas operações ilícitas. A denúncia feita contra os integrantes do grupo criminoso mostra o comprometimento das autoridades em combater a criminalidade e garantir a segurança da população. A atuação do Gaeco é fundamental para desbaratar as ações dessas organizações criminosas e evitar que mais crimes sejam cometidos.
Grupo criminoso: Atuação Especial no Combate ao Crime
De acordo com a denúncia, o Grupo criminoso era responsável pelo abastecimento de drogas na cena aberta de uso conhecida como cracolândia. Os lucros dessa atividade eram depois distribuídos em transações financeiras típicas de esquemas de lavagem de dinheiro, com depósitos em dinheiro, transferências de uma conta para outra e integralização de capital em empresas e hotéis. Segundo os promotores, o Grupo criminoso também estabeleceu um sistema de torres clandestinas de telecomunicação na favela do Moinho. Elas captavam a frequência de rádio das forças de segurança que operam na capital paulista, principalmente da Polícia Militar, e a transmitiam para criminosos da região por meio de rádios codificados comercializados por integrantes do bando para antecipação de ações policiais. A denúncia cita que os suspeitos agiam sob o comando de Leonardo Monteiro Moja, conhecido como Léo do Moinho, e apontado como liderança do PCC na região central da cidade. Moja foi preso no âmbito da Operação Salus et Dignitas (saúde e dignidade, em latim), deflagrada no início deste mês e que teve a participação das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, além do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho, Receita Federal e estadual, Anatel (Agência Nacional de Telefonia) e órgãos de assistência social do governo paulista e da prefeitura. A operação buscou desmantelar um ecossistema do crime instalado na região central de São Paulo, sob o controle territorial do PCC. Ele agora foi denunciado com seus dois irmãos, Jefferson Monteiro Moja e Alberto Monteiro Moja, a sua esposa e sócia, Raquel Maria Faustina Monteiro Moja, além de Ivan Rodrigues Ferreira, Valdecy Messias de Souza, Paulo Márcio Teixeira, Ingrid de Freitas, Wellington Tavares Pereira, Alfredo da Silva Bertelli Prado e Janaína da Conceição Cerqueira Xavier. Valdecy, apontado como responsável pelas torres clandestinas, e Janaína, suspeita de coordenar o tráfico de drogas a partir de um hotel, também foram presos durante a megaoperação do início do mês. Solta, Janaína cumpre prisão domiciliar. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos acusados. Os 11 suspeitos são acusados pelos promotores de crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, violação de comunicação radioelétrica e lavagem de dinheiro, por meio das quais foram identificadas transações financeiras atípicas que somam cerca de R$ 1,1 milhão, entre 2021 e 2023. De acordo com as investigações do Gaeco, Moja era assistido em suas atividades criminosas pelos irmãos Jefferson e Alberto, que gerenciaram o tráfico de drogas na região central de São Paulo enquanto ele estava preso por tráfico, entre 2021 e junho de 2023, quando foi colocado em liberdade condicional. Jefferson, segundo a promotoria, é sócio do Ferro Velho Moinho, que teria recebido valores oriundos de atividades criminosas. Já Alberto foi apontado como sucessor do irmão na liderança do PCC na região e como membro de um ‘Tribunal do Crime’ responsável pelo assassinato de um.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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