Nenhuma empresa brasileira entrou no ranking das 20 maiores distribuidoras de dividendos globais este ano, o que marca um recorde de sua história de pagamento de proventos aos acionistas.
A distribuição de dividendos em todo o mundo registrou uma alta de 3,1% no terceiro trimestre, atingindo um patamar recorde de US$ 431,1 bilhões, conforme estudo elaborado pela Janus Henderson. O resultado destaca o panorama positivo da remuneração dos investidores.
De acordo com o estudo, a grande maioria das empresas, 88%, optou por aumentar os pagamentos de dividendos ou manter os valores em nível. Isso demonstra a confiança das empresas em suas finanças e o compromisso em oferecer uma boa remuneração aos seus acionistas, seja por meio de dividendos ou proventos. Com uma distribuição de dividendos em nível recorde, os investidores podem esperar uma melhor remuneração em seus investimentos, gerando um impacto positivo na economia como um todo.
Dados sobre a distribuição de dividendos no terceiro trimestre
No terceiro trimestre, a distribuição de dividendos apresentou resultados positivos em muitos mercados, com destaque para os Estados Unidos e os mercados emergentes. Embora algumas corporações tenham reduzido ou zerado seu pagamento de remuneração aos acionistas, o crescimento ainda foi significativo. A maior contribuição para o resultado veio dos Estados Unidos, onde o pagamento de dividendos aumentou 10%, bem acima da média global, em função da distribuição de proventos por empresas como Meta e Alphabet.
O destaque ficou com Meta (dona do Facebook, Instagram e Whatsapp) e da Alphabet (dona do Google), que começaram a distribuir proventos este ano. Walt Disney também marcou o período, retomando os pagamentos este ano, após a interrupção causada pela pandemia. Nesse sentido, dividendos representam uma forma de remuneração aos acionistas, demonstrando o retorno sobre o investimento. Além disso, o pagamento de proventos permite que as empresas distribuam parte de seus lucros aos acionistas.
No todo, 96% das empresas americanas aumentaram ou mantiveram em mesmos níveis a remuneração aos acionistas. Já os dividendos de mercados emergentes avançaram 1,4%, no terceiro trimestre, destacando os proventos de empresas chinesas, que saltaram 12,3% e somaram US$ 44,6 bilhões, um recorde histórico. Desse montante, 75% vieram do caixa da Alibaba, que distribuiu dividendos pela primeira vez este ano.
A empresa chinesa BYD também pagou seu maior valor em dividendo de sua história, destacando o interesse das empresas em distribuir proventos aos acionistas. A distribuição de dividendos é uma forma de remuneração aos acionistas, que pode variar de um ano para outro, dependendo da situação financeira da empresa.
As empresas brasileiras entraram entre os destaques negativos, com uma redução de 42% nos valores distribuídos aos acionistas, mas o relatório da Janus Henderson pondera que o padrão de pagamento é bastante irregular. Nesse sentido, a distribuição de proventos pode variar significativamente de uma empresa para outra.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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