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Construção de rampas para acesso dos animais nas margens naturais durante obras de revitalização de 18 km de muros.
Capivaras podem ser vistas circulando livremente às margens do rio Pinheiros, sem se preocupar com os muros que tentam contê-las. Esses simpáticos animais são uma presença marcante na região, trazendo um toque de natureza em meio à cidade. A população de capivaras que habita o local é estimada em 120 indivíduos, que se tornaram o centro das atenções durante as reformas na ciclovia e no Parque Bruno Covas.
Considerada o maior roedor do mundo, a capivara é um animal herbívoro e mamífero, conhecido por sua natureza pacífica e sociável. Sua presença gigante e tranquila ao redor do Rio Pinheiros traz um contraste encantador com o cenário urbano agitado da capital. Esses adoráveis roedores são um exemplo da rica biodiversidade presente em meio à selva de concreto.
Construção de infraestrutura para capivaras e outros animais
Com a implementação de 18 quilômetros de muros de gabião para proteger as margens do rio, também foram erguidas 74 rampas de acesso para os animais. Essas estruturas permitem que as capivaras, roedores gigantes e herbívoros, assim como outros mamíferos, tenham mobilidade ao redor do rio, sem serem impedidos pelos obstáculos artificiais. Os especialistas enfatizam a importância dessas rampas para mitigar os impactos das obras de revitalização na vida selvagem.
As obras, que duraram dois anos, não só incluíram a construção das rampas, mas também a restauração de 11 quilômetros da ciclovia da Marginal Pinheiros. Os muros de gabiões, compostos por pedras e arame galvanizado, são essenciais para a estabilidade das margens, adaptando-se ao terreno e se integrando à paisagem natural ao longo do tempo.
Para o biólogo Maurício Forlani, as margens naturais são fundamentais para a mobilidade dos animais, como as capivaras, que precisam de acesso livre para se deslocarem conforme suas necessidades. Ele destaca que as rampas construídas são uma solução necessária para garantir a sobrevivência dessas espécies na região urbana.
Observando o uso das rampas pelas capivaras, Forlani ressalta a importância de uma infraestrutura adequada para a fauna local. Ele sugere a instalação de alambrados ou muros na parte final do Rio Pinheiros, próximo ao Cebolão, para evitar acidentes envolvendo os animais e as pessoas que frequentam a região.
A revitalização das ciclovias do Parque Bruno Covas e do Rio Pinheiros trouxe melhorias significativas, como novo asfalto, sinalização e pintura. O Consórcio Renova Pinheiros, responsável pelas obras, contou com cerca de 350 colaboradores e 70 equipamentos, incluindo barcaças e plataformas fluviais, para realizar as intervenções.
O engenheiro Emanuel Silva destaca que as 74 rampas de acesso foram projetadas para atender às necessidades de mobilidade das capivaras e demais animais da região. Essas estruturas garantem que as capivaras possam se deslocar com facilidade, especialmente para se alimentar no rio, contribuindo para a preservação da fauna local.
Fonte: @ Terra
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