Analistas alertam que, apesar de ‘sustos’, sinais de crise forte são incipientes, exigindo cautela devido à pressão inflacionária no mercado de trabalho.
Não é de hoje que alguns especialistas alertam para um possível cenário de recessão no Brasil. Os indicadores econômicos mais recentes reforçaram essa preocupação.
Em meio ao crisse político, a situação econômica do país torna-se ainda mais delicada. É essencial que medidas sejam tomadas para evitar uma recessão prolongada.
Recessão à vista? O mercado de trabalho americano em crise econômica
O mercado de trabalho nos Estados Unidos, que vinha demonstrando resiliência e gerando preocupações devido à pressão inflacionária, de repente sofreu uma desaceleração acima do esperado. Essa mudança inesperada levou investidores e agentes financeiros a questionarem se o país estaria à beira de uma recessão. As preocupações cresceram entre aqueles que investem ou consideravam investir nos EUA. Mas será o momento de abandonar o país?
De acordo com analistas, embora os dados recentes tenham acendido um sinal de alerta, ainda não há evidências claras de uma recessão iminente. No entanto, o cenário atual pede cautela. Como está a situação por lá? A conjuntura econômica nos Estados Unidos mostra uma economia com juros em níveis recordes, resultado de uma medida do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para conter a forte inflação pós-pandemia de covid-19.
No final do ano passado, os sinais de desaceleração do aumento de preços eram visíveis, levando muitos analistas a apostarem que o Fed começaria a reduzir os juros no início deste ano. No entanto, isso não se concretizou devido à força crescente dos dados do mercado de trabalho, que preocuparam a autoridade monetária.
Embora pareça contraditório, a situação de emprego forte gerava preocupações nos EUA. Quando o mercado de trabalho está aquecido, significa que as empresas demandam mão de obra, o que leva ao aumento dos salários para atrair novos funcionários, resultando em mais inflação, algo que o Fed buscava conter.
Recentemente, porém, esses indicadores começaram a enfraquecer mais do que o esperado. No final de julho, a pesquisa ADP revelou que apenas 122 mil empregos foram criados no setor privado naquele mês, abaixo das 150 mil vagas de junho e das previsões de 149 mil novas vagas.
Logo em agosto, o relatório de empregos do ‘payroll’ mostrou um cenário similar, com a criação de 114 mil empregos em julho, uma desaceleração em relação aos 179 mil de junho e abaixo das projeções de 178 mil novas vagas.
Diante desse cenário, a incerteza sobre uma possível recessão levou investidores a buscar refúgio nos títulos americanos e comprar dólares como forma de se proteger dos efeitos negativos no mercado global. No entanto, para Filippe Santa Fé, gestor de multimercados do ASA, essa reação pode ter sido exagerada.
Ele destaca que, apesar da desaceleração, os números do mercado de trabalho nos EUA ainda indicam uma atividade forte. A velocidade da desaceleração foi surpreendente, mas os níveis de emprego permanecem saudáveis. Estamos diante de uma economia que, em média,
Fonte: @ Valor Invest Globo
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