País pretende proibir menores de 16 anos nas plataformas de mídia social para proteger seu bem-estar, saúde mental e segurança cibernética, mas especialistas apontam desafios em segurança, privacidade e implementação.
A proteção das crianças nas redes sociais é um assunto delicado e complexo, tanto que os governos de todo o mundo ainda tentam encontrar a solução ideal para resolver o problema.
Embora o plano do governo australiano seja uma resposta política popular, é fundamental considerar os impactos práticos de tal medida. Com a crescente utilização das redes sociais na sociedade contemporânea, como a TikTok, Facebook, Instagram e muito mais, a exclusão das crianças dessas plataformas pode prejudicar a capacidade delas de lidar com situações reais da vida. Além disso, a interrupção do acesso às redes sociais poderia afetar o desenvolvimento das crianças, que podem perder a oportunidade de se comunicar e se relacionar com amigos e familiares de maneira digital. A rede social desempenha um papel importante na formação da identidade e na socialização, especialmente para os jovens.
Redes Sociais: Um Mundo em Constante Mudança
O governo da Austrália anunciou o intuito de impor um limite de idade de 16 anos para o uso de redes sociais, medida que tem sido amplamente criticada por especialistas em tecnologia e bem-estar infantil. No entanto, para os defensores da proposta, como a ativista de segurança cibernética Sonya Ryan, o objetivo é proteger as crianças de riscos como a violência on-line, o bullying, a exposição à pornografia prejudicial e a desinformação.
Redes Sociais: Uma Ferramenta Fundamental na Era Digital
O adolescente Leo Puglisi, fundador do serviço de streaming on-line 6 News Australia aos 11 anos, destaca a importância das redes sociais na vida diária das pessoas. ‘Faz parte de suas comunidades, faz parte do trabalho, faz parte do entretenimento, é onde eles assistem ao conteúdo – os jovens não estão ouvindo rádio, lendo jornais ou assistindo TV aberta – e, portanto, não pode ser ignorado’, afirma. Leo foi aplaudido por seu trabalho on-line e é finalista na indicação de seu estado natal, Victoria, para o prêmio Jovem Australiano do Ano.
Redes Sociais: Uma Questão de Saúde Mental e Segurança Cibernética
A mãe enlutada que virou ativista, Sonya Ryan, sabe por tragédia pessoal como as redes podem ser perigosas para as crianças. Sua filha de 15 anos, Carly Ryan, foi assassinada em 2007 no estado da Austrália do Sul por um pedófilo de 50 anos que fingiu ser um adolescente on-line. ‘Há tantos danos diferentes para eles tentarem administrar e as crianças simplesmente não têm as habilidades ou a experiência de vida para administrá-los bem’, destaca Sonya Ryan, enfatizando a necessidade de uma estratégia nacional para prevenir e responder a esses riscos.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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