Após reunião, dados revelaram que 25% dos 26 mil médicos em atividade em Saúde da Família atuam nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, com foco em atenção primária à saúde, como parte da Estratégia Saúde da Família, dentro do Sistema Único de Saúde, com apoio das referências regionais.
Com a implementação do programa Mais Médicos, o governo federal busca consolidar a atenção primária à saúde em todo o Brasil, garantindo que as comunidades mais vulneráveis tenham acesso a professores médicos de qualidade.
Com o objetivo de melhorar a saúde pública no país, o programa Mais Médicos tem sido um dos pilares importantes na atenção primária, garantindo a presença de médicos em locais estratégicos, como pequenas cidades e comunidades rurais, onde a falta de profissionais de saúde era mais acentuada. A inclusão de médicos em mais de 2 mil municípios, apenas este ano, é um reflexo da necessidade de reforço no sistema de saúde pública, priorizando a atenção primária em áreas mais carentes. Além disso, o programa visa garantir que os médicos estejam atuando em um ambiente que valorize o trabalho em equipe e a atenção personalizada aos pacientes, com o objetivo de oferecer uma assistência de qualidade.
Programa Mais Médicos: 21.320 profissionais de saúde atuam nos municípios brasileiros
O Ministério da Saúde reporta que aproximadamente 21.320 médicos atuam nos municípios distantes, uma cifra que representa mais de 25% do total de 26.756 médicos atuantes em 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) no Brasil. Esses distritos são organizados com base na ocupação geográfica das comunidades indígenas. Neste início de gestão, o Ministério da Saúde contava com apenas 13 mil vagas ativas no Mais Médicos. Em 2023, o governo federal retomou o programa com o objetivo de ter profissionais em municípios distantes dos grandes centros e nas periferias das cidades. O programa avançou, especialmente em municípios com maior vulnerabilidade social, onde cerca de 60% dos médicos estão em atuação.
Os resultados alcançados nos últimos dois anos foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, realizado na sexta-feira (6). O secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde (APS), Jerzey Timóteo, destaca a importância do Mais Médicos em fortalecer a Estratégia Saúde da Família, considerando-o um meio potente para viabilizar e fortalecer o primeiro nível de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a palestra, Jerzey enfatizou a relação do programa com as principais iniciativas que constroem o primeiro nível de atenção. O encontro buscou dar visibilidade às ações desenvolvidas e mostrar o papel importante que as referências regionalizadas têm para o sucesso do programa.
As referências regionais do Ministério da Saúde são fundamentais na gestão dos programas de provimento profissional na ponta do serviço, onde as pessoas moram, formam suas famílias e recebem atendimento. Elas são responsáveis por apoio técnico, orientações, mediações de conflitos, acompanhamento e monitoramento das atividades realizadas. São como a ponte entre o ministério e os territórios.
Consolidando o trabalho: referências regionais e o futuro do programa
2025 será um ano de consolidar o trabalho, metas e políticas que retomaram desde o início da gestão. Com o apoio das referências regionais, é possível comunicar melhor com gestores, profissionais e sociedade as políticas da atenção primária à saúde, ganhando capilaridade sem perder de vista o papel de formulador de políticas públicas. O diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, Wellington Mendes Carvalho, ressalta a importância da aproximação entre a gestão federal e as referências regionalizadas para identificar os desafios de cada território e alinhar as ações.
Avanços do Mais Médicos em 2024
Pela primeira vez, foi lançado um edital de chamamento com cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas. Além disso, foi concedida bolsa-formação em preceptoria de medicina de família e comunidade de R$4.000 a 2.700 residentes de medicina de família e comunidade (MFC). Essa formação prepara o futuro médico de família e comunidade para que ele transmita o conhecimento adquirido a novos profissionais em formação, ampliando assim a capacidade do país de criar novos programas de residência médica em MFC.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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