Julio Mottin Neto compartilha os planos do grupo gaúcho de farmácias para avançar em canais-digitais, plataformas-digitais e setor-farmacêutico, competindo com RD Saúde e gigantes do varejo como Amazon, Mercado Livre e Magalu e desafiando as unidades-físicas e as das-midia.
Criada em 1968 no Rio Grande do Sul, a Panvel foi uma das primeiras redes de farmácias do Brasil a se destacar no retail em suas estratégias de negócios. Com o intuito de expandir sua influência no mercado, a empresa investiu pesadamente em mídia e tecnologia. Dentre os investimentos, podemos citar a criação de canais digitais e a diversificação em marcas próprias.
Em sua varejo estratégia, a Panvel também começou a destacar-se por meio de uma série de ações inovadoras. Dentre elas, a criação de parcerias com outras redes de varejo e a expansão de sua presença em plataformas de retail online. Com essas ações, a empresa buscou se posicionar como uma das maiores redes de farmácias do Brasil, com uma forte presença tanto na mídia tradicional quanto na varejo digital.
Avanços no Retail
Com 28 anos no varejo, Julio Mottin Neto, CEO da Panvel, afirma que está na hora de o setor ganhar dinheiro com as suas plataformas digitais, que alcançam 7 milhões de acessos mensais, um número que é considerado audiência. Essa é a visão do empresário em relação ao retail media, um segmento que está crescendo no Brasil e em que a RD (Raia Drogasil) é considerada a pioneira entre as farmácias.
A Panvel, que também abriga a Dimed Distribuidora e o laboratório Lifar, está investindo na estruturação de um braço dedicado ao retail media há um ano. Atualmente, o time da área conta com 15 profissionais e a rede tem perspectivas de expansão.
A rede de lojas da Panvel realizou um projeto-piloto com a instalação de telas de mídia nas unidades físicas, com o objetivo de aumentar o potencial de receita. O plano agora é chegar a 100 lojas com displays até o fim do primeiro semestre de 2025, incluindo Santa Catarina, Paraná e São Paulo, os três estados em que a rede tem presença.
Julio Mottin Neto afirma que a RD (Raia Drogasil) já andou muito rápido nesse segmento, mas está tendo uma procura muito grande para o projeto. E, nesse caso, acha que vamos extrapolar a fronteira dos fornecedores do setor para outros segmentos, como empresas de viagens e hotéis.
Esse projeto reforça o portfólio da Panvel nesse novo espaço, hoje mais concentrado em uma plataforma ‘self-service’, na qual os anunciantes conseguem escolher e comprar mídia nos canais digitais do grupo, de banners a uma posição privilegiada na busca do app e do site da empresa.
Eles escolhem, por exemplo, os canais e o tipo de público. Um anúncio de fralda não vai aparecer para todo mundo, afirma Neto. É aí que está o furo da bala do retail media. Você consegue ir peneirando, em vez de espalhar chumbo.
A lista de anunciantes que trabalham com a Panvel já conta com mais de 20 empresas de grande porte, incluindo nomes como Unilever, Nestlé, Nivea e Sanofi. Julio Mottin Neto, CEO da Panvel, diz que a indústria percebeu que investir na mídia tradicional já não dá mais o mesmo retorno. E, na mídia digital, os preços estão subindo cada vez mais.
Então, o varejo está entrando para resolver esse problema. Com os dados do setor, a assertividade e o retorno aumentam, enquanto o custo cai. Como a operação ainda é recente, ele ressalta que esse braço ainda ‘não virou o ponteiro’ dentro do balanço do grupo, que faturou R$ 3,1 bilhões de janeiro a setembro deste ano.
Mas que a projeção é dobrar a receita da unidade entre 2024 e 2025, de R$ 10 milhões para R$ 20 milhões. Outros dados dão mais otimismo a essa visão, como a expansão do setor e a demanda por soluções inovadoras no retail media.
Fonte: @ NEO FEED
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