Defesas de réus lamentam decisão monocrática de suspender reunião marcada para discussão de termos com familiares e repercussão midiática.
(FOLHAPRESS) – A determinação do juiz do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli de confirmar a sentença das quatro partes envolvidas no processo da casa noturna Beijo na noite de segunda-feira (2) será alvo de controvérsias por parte dos defesa dos quatro acusados, os quais planejam requerer defesa regimental para revogar o veredicto singular.
Nesse sentido, a atitude dos advogados envolvidos demonstra a importância da atuação eficiente na representação jurídica dos seus constituintes, visando garantir a devida proteção legal de seus direitos e interesses perante a decisão.
Defesa dos réus critica decisão de Toffoli e destaca importância da representação jurídica
As advogadas que representam Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão expressaram surpresa diante da decisão monocrática de Toffoli, que acabou marcando uma reunião com as famílias das vítimas, mas não concedeu espaço para as defesas se pronunciarem. Tatiana Borsa, uma das advogadas envolvidas no caso, enfatizou a necessidade de um debate justo, ressaltando a importância da proteção legal dos réus.
A advogada Borsa, que atua na defesa de Marcelo, músico envolvido no trágico incidente que resultou na morte de 242 pessoas, ressaltou a relevância de ouvir todos os envolvidos em um caso de tão grande repercussão midiática. Ela destacou a importância de garantir que todas as partes tenham a oportunidade de se manifestar antes de uma decisão final.
Em relação à decisão do ministro Toffoli, que determinou a continuidade da prisão dos réus, Borsa enfatizou que as defesas esperavam ser ouvidas antes de qualquer manifestação oficial. Ela argumentou que, dada a natureza infraconstitucional de certas questões levantadas no processo, o Supremo Tribunal Federal não seria o órgão competente para julgar determinados aspectos do caso.
O advogado Jader Marques, que representa Elissandro Spohr, também manifestou sua discordância em relação à decisão do STF. Ele enfatizou que a instituição só deveria se pronunciar em casos que envolvem diretamente a Constituição, não questões de natureza mais processual. Marques expressou sua surpresa com a decisão e destacou a importância de um diálogo prévio com o ministro antes de medidas serem tomadas.
A audiência de custódia de Elissandro está agendada para esta quarta-feira (4), o que gerou surpresa entre as defesas dos réus. A Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria também se manifestou, criticando a atuação dos advogados de defesa no andamento do processo. O diretor jurídico da associação, Paulo Carvalho, defendeu a decisão de Toffoli e enfatizou a importância da celeridade no julgamento de casos complexos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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