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Duas empresas de tecnologia passaram da cena tecnológica para a revolução da inteligência artificial, transformando chips em softwares de valor de mercado.
A vida pode se transformar de forma surpreendente. No último mês, a Nvidia, empresa que produz chips para softwares de inteligência artificial (IA), alcançou brevemente o posto de empresa mais valiosa do mundo, superando a Microsoft, que anteriormente havia ultrapassado a Apple.
A inteligência artificial está cada vez mais presente em nosso cotidiano, revolucionando diversos setores. A tecnologia de IA tem o potencial de transformar a forma como interagimos com a informação e como as empresas operam, trazendo inovação e eficiência para diversas áreas.
Inteligência Artificial na Indústria Tecnológica
Quando esta notícia foi compartilhada no palco de um evento da indústria tecnológica em que estive presente em Copenhague, na Dinamarca, gerou aplausos espontâneos da plateia. Enquanto escrevo, a Nvidia está recuperando sua posição no mercado, voltando ao segundo lugar após uma queda no preço de suas ações que reduziu seu valor de mercado para US$ 3 trilhões, comparado aos US$ 3,4 trilhões da Microsoft. Dois fatores impulsionaram essas empresas americanas de tecnologia: a inteligência artificial e a capacidade de antecipar o futuro. A Microsoft iniciou investimentos na OpenAI, responsável pelo popular ChatGPT, em 2019. Enquanto isso, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, liderou a empresa na criação de chips para IA muito antes da inteligência artificial generativa entrar em cena. Quem é Jensen Huang, um imigrante que antes era lavador de pratos e fundou a Nvidia? Ambas as empresas fizeram uma aposta de longo prazo no atual boom da inteligência artificial, e até agora tem valido a pena, já que a Apple, que antes liderava, ficou para trás. Mas por quanto tempo essa liderança vai perdurar?
A Revolução da Inteligência Artificial na Cena Tecnológica
A London Tech Week deste ano, um evento anual na cena tecnológica do Reino Unido, poderia facilmente ser renomeada como London IA Week. As letras IA estavam presentes em todos os estandes e ecoavam em todos os discursos. Durante o evento, encontrei Anne Boden, fundadora do Starling Bank, um banco digital de destaque no setor de fintech. Ela estava entusiasmada. ‘Achávamos que tínhamos identificado os vencedores e perdedores no campo da tecnologia’, compartilhou. ‘Mas com a IA, estamos redefinindo o jogo.’ Boden acredita estar testemunhando a revolução da inteligência artificial remodelar o setor de tecnologia e deseja fazer parte desse movimento. Na mesma semana, participei do Founders Forum, um encontro anual de cerca de 250 empreendedores e investidores de alto nível, com muito dinheiro envolvido. O evento é confidencial, mas posso revelar que grande parte das discussões girou em torno da inteligência artificial.
A Tecnologia Financeira e a Revolução da Inteligência Artificial
Poucos dias depois, uma manchete do jornal Financial Times chamou minha atenção. ‘A maioria das ações consideradas vencedoras no boom da IA sofreram queda este ano’, relatava o texto, mencionando que mais da metade das ações da ‘cesta de vencedoras da IA’ do Citigroup perderam valor em 2024. A vida realmente muda num passe de mágica. ‘Com o aumento exponencial do valor das empresas de tecnologia, qualquer erro pode resultar em grandes oscilações nos preços das ações’, alertou Susannah Streeter, responsável pelo departamento financeiro e de mercados da empresa de investimentos Hargreaves Lansdown. ‘Assim como na bolha ponto.com, o entusiasmo desmedido pode se transformar em desilusão.’ Em 2023, parecia que qualquer investimento relacionado à IA abriria um canal lucrativo de financiamento, mas a realidade mostrou-se mais complexa.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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