Eleitores escolherão administradores de suas cidades em duas semanas. Falta de zeladoria e ineficiência do Executivo afetam serviços do dia a dia.
Em breve, os eleitores de todo o país terão a oportunidade de escolher os líderes que irão gerenciar suas cidades pelos próximos quatro anos. Nesse contexto, a gestão eficaz é fundamental para o desenvolvimento sustentável das cidades, mas infelizmente, a qualidade das ideias e a capacidade dos futuros gestores muitas vezes não são os principais fatores que influenciam a decisão dos eleitores.
No entanto, é essencial que os eleitores considerem a gestão como um fator crucial na hora de escolher seus líderes. A administração eficiente de recursos, a direção estratégica e o comando visionário são habilidades essenciais para garantir o crescimento e o bem-estar das cidades. Além disso, a gestão eficaz também envolve a capacidade de tomar decisões informadas, de lidar com crises e de promover a transparência e a responsabilidade. É hora de priorizar a gestão e escolher líderes que possam realmente fazer a diferença.
Gestão Ineficiente: O Legado de Ricardo Nunes
A gestão de Ricardo Nunes em São Paulo foi marcada por uma falta de zeladoria e ineficiência do Executivo, que parece ter se tornado uma constante na administração da cidade. A falta de métricas de resultados das gestões dos candidatos à reeleição é um dos principais motivos para essa situação, pois não há uma avaliação clara do desempenho dos governantes. Isso torna difícil para os eleitores tomar decisões informadas sobre quem votar.
A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, não aparece no ranking da transparência e eficiência da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), enquanto a Prefeitura do Rio de Janeiro é considerada ‘padrão ouro’. No entanto, em outro levantamento feito pela Folha de S.Paulo, as posições se invertem, com a Prefeitura de São Paulo aparecendo em 60º lugar e a carioca ficando bem atrás.
Falha Geológica na Avaliação
O estudo da Folha de S.Paulo avaliou a eficiência e gastos nas áreas de saúde, educação e saneamento, cotejando-os com a receita per capita de cada cidade. No entanto, essa abordagem tem uma falha geológica, pois essas áreas têm pouca ou nenhuma ligação com a capacidade administrativa do prefeito no cargo. As estruturas existentes foram herdadas de gestões passadas e continuam a funcionar independentemente da administração atual.
Os quesitos que não foram examinados, mas deveriam ser, são aqueles relacionados aos serviços prestados diretamente pelos administradores eleitos e pelos cabos eleitorais que eles contratam para gerir secretarias, administrações regionais e demais órgãos executivos. É nesse ponto que a gestão da maior capital brasileira, comparada às demais, é quem presta o pior serviço do país.
Administração Ineficiente
Uma consulta aos sites das prefeituras das dez maiores capitais brasileiras coloca a de São Paulo na última posição na maior parte dos quesitos. A demora real para a prestação dos serviços é um problema que afeta não só a administração atual, mas também as anteriores, governadas pelo mesmo grupo político. A falta de gerenciamento eficaz e a direção ineficiente são os principais motivos para essa situação.
O comando da cidade parece ter perdido o controle sobre os serviços básicos, como reparação de vias públicas, poda ou extração de árvores e serviços semelhantes. A falta de transparência e a ineficiência da administração são os principais motivos para a insatisfação dos moradores de São Paulo, que registram, por dia, 1.221 queixas por causa do tormento do lixo, árvores ameaçadoras, calçadas e pistas arrebentadas.
Fonte: © Conjur
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