Renda fixa ganhou participação na carteira de investidores endinheirados devido a juros mais altos, tornando-se uma classe de ativos menos expostos.
Diante do cenário econômico atual, a preocupação do Banco Central com a inflação se tornou ainda mais evidente, levando a autoridade monetária a iniciar um novo ciclo de alta da Selic. Isso fez com que os investimentos em renda fixa se tornassem ainda mais atraentes, uma vez que a rentabilidade desses ativos está diretamente relacionada à taxa de juros.
Com a Selic em alta, os investidores começaram a buscar opções de investimento mais seguras e rentáveis. A taxa básica de juros se tornou um fator importante na escolha dos investimentos, pois influencia diretamente a rentabilidade dos ativos. Além disso, a taxa de juros mais alta também fez com que os investidores se tornassem mais conservadores, buscando opções de investimento que ofereçam uma rentabilidade mais estável e segura. A busca por segurança e rentabilidade se tornou a prioridade dos investidores.
A Selic Alta e a Renda Fixa
A pesquisa mensal da Smartbrain revela que a maior parte do portfólio dos investidores de alta renda está aplicada na renda fixa, que é considerada uma classe de ativos menos expostos a riscos e volatilidade. Isso é especialmente verdadeiro em um cenário de alta taxa de juros, como o atual, em que a Selic está mais alta. A renda fixa é a principal classe no portfólio desses investidores, com uma participação que saiu de 41,78% para 43,19% na passagem de agosto para setembro.
A plataforma da Smartbrain processa diariamente mais de 340 mil extratos de investimentos, somando mais de R$ 250 bilhões de patrimônio analisados. O estudo observa a carteira de investidores dos segmentos de varejo, alta renda, private e ultra high. Com a Selic alta, a renda fixa segue sendo a opção mais segura e rentável para esses investidores.
A Alocação em Ativos Conservadores
Além da renda fixa, os ativos de previdência também aumentaram sua participação na passagem do mês, saindo de 7,08% para 7,33%. Esses ativos são considerados mais conservadores e tendem a ser menos voláteis em cenários de alta taxa de juros. Por outro lado, a alocação em ativos mais arriscados caiu, com o percentual aplicado em ações saindo de 10,64% para 10,28%.
Os multimercados, que eram 34,55% do portfólio dos ricos em agosto, agora ocupam 32,91% da carteira. Os fundos imobiliários mantiveram a mesma participação na carteira dos ricos, com 1,91%. A classe ‘outros’, que engloba as criptomoedas, também subiu, saindo de 4,04% para 4,38%.
As Ações Favoritas dos Ricos
Com os ricos mais avessos ao risco, a lista de ações favoritas segue majoritariamente conservadora. Dos dez papéis favoritos em setembro, oito são de setores considerados mais seguros, como exportadoras de commodities, bancos e prestadoras de serviços. O Banco do Brasil continuou na lista na passagem de agosto para setembro e ainda ganhou a companhia dos papéis do Bradesco e da Itaúsa.
Essas ações são consideradas mais conservadoras principalmente por duas razões. A primeira delas é porque tratam-se de companhias consolidadas no mercado e com resultados mais perenes. Além disso, elas estão em um setor que tende a se sair bem independentemente do contexto macroeconômico do país. Assim, elas tendem a oscilar menos e oferecer uma renda fixa mais estável.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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