Pular ondas, vestir branco influências religiosas de matriz africana e divindade das águas.
Com o início de cada Ano Novo, o Brasil é tomado por uma influência cultural rico e diverso, refletindo o apreço pela vida e pela esperança, especialmente em locais como a praia e a rocha. Este tempo do ano é marcado por diversas tradições, inclusive a prática de vestir branco, tradicionalmente associada à pureza e à renovação, e o ritual de pular sete ondas, que simboliza a possível mudança na vida.
Uma das atividades mais icônicas associadas ao início de Ano Novo no Brasil é a prática de vestir vestimentas brancas. Esta tradição, que já é uma parte integrante da cultura popular brasileira, é uma das mais antigas e é relacionada à ideia de renovação e pureza. Outra prática comum é o ritual do pular sete ondas em locais como as sete ondas no Rio de Janeiro, que é considerado um símbolo da mudança e do novo começo. Ao se jogar na onda, a pessoa se coloca em uma situação de vulnerabilidade, o que permite uma reflexão sobre a vida e sobre os desejos que se deseja realizar no novo ano.
Legado Cultural e Religioso
Ao longo das gerações, práticas que simbolizam renovação e boas energias têm sido transmitidas, mas poucas pessoas sabem de onde essas tradições verdadeiramente vêm. Sua origem remonta a influências culturais e religiosas que fazem parte da identidade brasileira. Essas heranças são uma combinação de elementos do Candomblé, Umbanda, superstições populares e o desejo de recomeçar. Um exemplo disso é o ritual de pular sete ondas no Ano Novo, associado a pedidos de proteção, prosperidade e renovação espiritual.
Sete Ondas e Iemanjá
Pular sete ondas no Ano Novo é um dos rituais mais populares no Brasil. Cada onda representa um pedido ou desejo para o ano que se inicia. Ao entrar na água, a pessoa se purifica, deixando para trás as dificuldades do ano anterior e se abrindo para novas oportunidades, referindo-se à divindade das águas e mãe dos orixás em ambas as religiões de matriz africana. A Iemanjá é reverenciada como uma figura de proteção e abundância, com o número sete tendo um significado especial nessas tradições, representando ciclos de renovação e conexão com o divino. O sincretismo religioso presente na cultura brasileira incorporou esse ritual ao imaginário popular, muitas vezes dissociando-o de suas origens afro-religiosas.
Vestir Branco e Purificação
Vestir branco na passagem de um ano para o seguinte é uma prática comum, especialmente para quem acredita em rituais. A cor branca é associada à paz, uma influência direta do Candomblé, que passou a ser usada em outras religiões de matriz africana para representar Oxalá, o orixá da criação, da sabedoria e da paz. A prática de usar branco é um ato de conexão com a energia da pureza e da serenidade, promovendo um estado de neutralidade espiritual, proteção e boas vibrações para o próximo ciclo.
Tradições Afro-Religiosas e Simbolismo Natural
A prática de pular ondas e usar vestes brancas durante o Ano Novo possui raízes nas religiões de matriz africana, especialmente no culto à Iemanjá, divindade das águas. O número sete tem significado especial nessas tradições, representando ciclos de renovação e conexão com o divino. Além disso, o uso de cores e rituais tem origem em influências culturais e religiosas que fazem parte da identidade brasileira. Essas práticas são um reflexo do sincretismo religioso presente na cultura brasileira, que incorporou elementos das religiões de matriz africana e de outras tradições, criando um rico tapeçaria cultural.
Fonte: @ Nos
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