Avanços em 2024 mostram gestão respeitosa com culturas e demandas indígenas, com atendimento-exclusivo em unidades-básicas, abastecimento por sistemas, profissionais de saúde e unidades-retaguarda.
A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) alcançou marcos importantes, com destaque para a Terra Indígena Yanomami (TIY), onde a declaração da ESPIN (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) completou um ano em janeiro. Este período viu mais de 300 crianças se recuperarem de desnutrição severa, um avanço significativo comparado ao cenário anterior de abandono completo.
A SESAI prioriza a assistência em saúde integral, oferecendo serviços que vão além da meras curas. O foco está em prestar cuidados personalizados, garantindo que os indígenas tenham acesso a uma assistência de saúde completa. Isso inclui a prevenção de doenças, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, sempre levando em conta a realidade específica da população indígena. A SESAI trabalha para fortalecer a rede de serviços de saúde, garantindo a disponibilidade de pessoal capacitado e recursos adequados, em uma abordagem que prioriza a saúde das populações indígenas. Macro e micro epidemiologia são pontos importantes de análise na saúde indígena. Desafios como a desnutrição infantil continuam a ser um grande desafio, mas o avanço é positivo.
Avanços na Saúde Indígena em 2024
A saúde indígena enfrenta desafios persistentes, mas ações em curso registram avanços e melhorias na assistência e nos cuidados oferecidos às comunidades indígenas. Uma dessas ações destacadas foi a criação da Unidade de Retaguarda Hospitalar aos Povos Indígenas (URHPI), em Boa Vista, que oferecerá atendimento exclusivo aos indígenas com leitos, estrutura e práticas que se integram à interculturalidade dos povos, respeitando seus costumes e tradições.
Aumento na Cobertura de Saúde
A reforma estrutural da CASAI Yanomami e a ampliação do refeitório também foram passos importantes. Além disso, houve reforço na força de trabalho e investimentos que proporcionaram melhorias significativas na saúde indígena. Os Polos Base foram reabertos em 100% da região, garantindo assistência a mais de 5,2 mil indígenas, e o número de profissionais de saúde triplicou, somando 1.759 atuantes.
Fortalecimento dos Serviços de Saúde
Os esforços resultaram em uma queda de 27% nos óbitos no primeiro semestre de 2024. Além disso, investimentos em água potável, conectividade e logística fortaleceram os serviços, assegurando um atendimento mais digno e eficiente às comunidades indígenas.
Avanços na Rede de Saúde Indígena
Os avanços não se limitam à Terra Indígena Yanomami. Em todo o Brasil, os resultados são visíveis, especialmente na rede estrutural dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Estruturas foram reformadas, ampliadas e construídas em todas as regiões, abrangendo Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI), Polos Base e Sistemas de Abastecimento de Água (SAA). Até novembro, 48 estabelecimentos de saúde indígena foram entregues, e outras 108 obras de edificações estão em execução.
Investimentos em Saneamento
No saneamento, foram entregues 226 infraestruturas, entre sistemas de abastecimento de água e módulos sanitários domiciliares. Outras 196 obras de saneamento estão em execução. Essa ação representa um avanço histórico, com impacto direto e positivo na promoção da dignidade e bem-estar dos povos indígenas em todo o país.
Contemplação da Saúde Indígena no Novo PAC
A Saúde Indígena foi contemplada pela primeira vez no Novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), e através do ‘Saúde Retomada’, já entregou 11 UBSI, das 81 previstas para entrega até o ano de 2026. Além disso, a aprovação dos 34 Dseis para a proposta da Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS) passará a gerir os serviços e força de trabalho da saúde indígena.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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