Ativa Investimentos prevê Ibovespa em 135 mil pontos no fim do ano, com condições favoráveis no curto prazo, de acordo com Pedro Serra, após o Termômetro do Copom do Comitê de Política Monetária.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) promete ser um evento de grande expectativa. A Selic é o centro das atenções, e a pergunta que todos se fazem é: ela continuará estável ou sofrerá um aumento? De acordo com o Termômetro do Copom do Valor Investe, há uma probabilidade de 89% de que a taxa básica seja ajustada para cima, seja em 0,25 ou meio ponto.
É importante lembrar que a Selic é um indicador fundamental para a economia brasileira, e qualquer mudança nela pode ter um impacto significativo nos juros e na inflação. Se a taxa básica subir, isso pode levar a uma redução na demanda por crédito e, consequentemente, uma desaceleração da economia. Por outro lado, se a Selic permanecer estável, isso pode ser visto como um sinal de que a economia está em um caminho de crescimento sustentável. A decisão do Copom será crucial para o futuro da economia brasileira.
Impacto da Selic na Bolsa
De acordo com estudos da Ativa Investimentos, o cenário atual não é favorável para a bolsa, considerando ciclos de alta de juros anteriores. Pedro Serra, chefe de pesquisas da empresa, afirma que a tese em favor da bolsa no momento é baseada na queda de projeções de longo prazo para os juros, como uma reação ao aumento da taxa básica no curto prazo. No entanto, esse argumento pode não ser suficiente para manter o otimismo.
O histórico de ciclos de alta de juros mostra que as discussões não se acalmam, mas sim esquentam ainda mais. Se esse ciclo se iniciar e as circunstâncias econômicas não surtirem muito efeito, o mercado pode começar a questionar e especular sobre até onde o ciclo iria, o que poderia mudar o apetite ao risco e afetar a bolsa.
Condições para Manter o Momento Favorável
As condições para manter o momento favorável na bolsa no curto prazo parecem mais preponderantes para a Ativa, especialmente com o corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em um cenário de ‘pouso suave’. A coincidência com o início do ciclo de corte de juros pelo banco central americano pode favorecer o apetite ao risco dos investidores, o que ajudaria na avaliação das ações no Brasil.
No entanto, no médio prazo, a Ativa se torna mais cautelosa com as possíveis reações do mercado em relação às próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom). O Termômetro do Copom é um indicador importante para entender as tendências da taxa básica e seus impactos na bolsa.
Previsões para o Ibovespa
A Ativa reforça a posição de compra da bolsa brasileira, considerando que as ações estão ‘baratas’ em relação ao potencial de lucro das empresas. Muitas empresas da bolsa negociam em níveis ‘baratos’ devido ao mau humor recente, o que abre boa margem de segurança e potencial relevante de valorização.
Além disso, a última temporada de resultados foi positiva, sustentando o nível esperado de lucro das empresas e confirmando o preço de ações por essa métrica descontado. A Ativa vê o Ibovespa fechando o ano no patamar de 135 mil pontos, considerando a taxa básica e os juros como fatores importantes para a bolsa.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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