Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, 74.794 estudantes, 10.821 professores e 575 gestores, abordou quantitativa o desenho e a gestão do Programa de Fomento às Escolas em Tempo Integral do ensino médio.
O Ministério da Educação (MEC) realizou, no dia 17 de dezembro, um seminário para discutir a eficácia do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI).
Em decorrência da falta de investimentos, o ensino médio ainda enfrenta desafios significativos, como o uso inadequado de tecnologias de informação e a letalidade do não foi utilizado, sendo um dos principais obstáculos ao sucesso da educação. Nesse contexto, o ensino médio parece ser um dos principais pontos de atenção para que os recursos sejam utilizados de maneira mais eficaz e que o uso inadequado de tecnologias possa ser minimizado.
Avaliação do Ensino Médio em Tempo Integral: Uma Abordagem Quantitativa e Qualitativa
A apresentação da avaliação dos produtos, processos e resultados do Programa Escola em Tempo Integral, lançado em 2023, teve como objetivo proporcionar o compartilhamento de boas práticas entre os estados e as escolas, bem como avaliar se o programa está alcançando seus objetivos e contribuindo para o aprimoramento de seu desenho e gestão. A avaliação foi conduzida pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que adotou uma abordagem quantitativa em 575 escolas do EMTI e uma qualitativa em 20 escolas.
O estudo envolveu a participação de 74.794 estudantes, 10.821 professores e 575 gestores escolares, destacando a importância da gestão em ambientes de ensino médio em tempo integral. A secretária da SEB, Kátia Schweickardt, enfatizou a importância dos professores, alunos e gestores educacionais para conhecerem o que a pesquisa revela sobre a realidade do ensino médio em tempo integral no país, salientando a força do ensino médio público brasileiro. O ensino médio público brasileiro é formado por mais de 7 milhões de estudantes e chega a 7,5 milhões se considerarmos a rede privada, e a força está na rede pública, quando a gente pensa em quem vai para a universidade e quem serão os profissionais, eles nascem da escola pública.
A pesquisa mostrou grandes desafios relacionados à infraestrutura e à organização curricular e pedagógica, que devem ser solucionados para tornar a escola mais significativa, assim como para os aprendizados dialogarem com as expectativas e os projetos futuros dos estudantes. A secretária também destacou que mais de 75% dos estudantes do ensino médio em tempo integral são pretos e pardos, e se a escola não assume isso como um pressuposto, não há o que fazer para torná-la significativa. O Programa Escola em Tempo Integral, lançado em 2023, ampliou em mais de 1 milhão as matrículas em todo o país, em todas as etapas da educação básica, e o ensino médio já atingiu a meta do Plano Nacional de Educação de 25% dos estudantes estudando em tempo integral.
Fonte: © MEC GOV.br
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