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Contadora de histórias convidada por Eduardo Girão (NOVO-CE) na abertura da sessão do Conselho. Intervenção interrompeu o procedimento com falas inusitadas.
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Discussão no Senado Federal sobre a Interrupção de Gravidez
O Senado Federal realizou uma importante discussão nesta segunda-feira, 17, acerca da resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que aborda a assistolia fetal, um procedimento crucial para a interrupção da gestação após 22 semanas de gravidez. A abertura da sessão foi marcada por uma encenação do procedimento, que causou intensa polêmica na web.
A encenação, realizada pela contadora de histórias Nyedja Gennari, sob convite do senador e presidente da sessão Eduardo Girão (NOVO-CE), trouxe à tona as falas de um feto durante a assistolia. Este momento dramático fez referência à técnica recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e utilizada em casos de aborto permitidos por lei.
Durante o debate, o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, expressou sua oposição à assistolia, classificando-a como um ato desumano e doloroso. Por outro lado, o senador Girão elogiou a encenação como uma verdadeira expressão artística capaz de tocar a alma e o coração.
No entanto, a repercussão do debate não foi unânime, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), demonstrando irritação com a encenação e enfatizando a necessidade de considerar diferentes pontos de vista e a legislação em futuros eventos sobre o tema.
A sessão, presidida por Girão, contou com a presença de parlamentares favoráveis ao Projeto de Lei 1904/2024, incluindo Damares Alves (Republicanos-DF) e as deputadas Bia Kicis (PL-DF) e Chris Tonietto (PL-RJ).
O debate em questão está inserido em meio à controvérsia em torno do PL 1904/2024, aprovado pela Câmara dos Deputados com urgência de votação. Este projeto equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação e com viabilidade do feto ao crime de homicídio, mesmo em casos de estupro, como forma de enfrentamento ao STF.
A votação do projeto na Câmara ocorreu de forma simbólica, gerando reclamações, especialmente do PSOL, que se opõe à iniciativa. O apoio ao projeto vem da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), evidenciando a complexidade e a sensibilidade do tema da interrupção de gravidez.
Fonte: @ Nos
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