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Smartphones irregulares representam 25% das vendas de celulares no mercado brasileiro, segundo a IDC. Podem trazer riscos sem garantia de 12 dígitos.
O setor de telefones móveis não homologados aumentou de 9% para 25% das vendas de smartphones no Brasil em um ano, de acordo com a consultoria IDC. Apesar de aparentarem ser uma opção mais econômica, esses aparelhos podem acarretar problemas. Em sua maioria, não possuem a garantia do fabricante autorizado no país.
É importante estar ciente dos riscos ao adquirir modelos de smartphones não certificados. Além da ausência de garantia, esses aparelhos podem apresentar falhas de segurança e desempenho. Optar por smartphones não autorizados pode resultar em complicações futuras e custos adicionais inesperados. celulares não certificados
Como identificar smartphones não homologados
Ao adquirir aparelhos eletrônicos, é essencial garantir que sejam certificados pelas autoridades competentes. No caso de smartphones, a certificação da Anatel é fundamental para assegurar a qualidade e segurança do dispositivo. A falta dessa homologação pode resultar em problemas sérios para os consumidores, como a impossibilidade de acionar a fabricante em caso de falhas no aparelho. Além disso, smartphones não certificados podem ser fabricados com materiais de baixa qualidade, o que representa riscos à saúde dos usuários, como exposição a níveis inadequados de radiação.
Dicas para evitar a compra de modelos não autorizados
Uma maneira simples de verificar se um smartphone é irregular é procurar o selo da Anatel no corpo, na bateria ou no manual do aparelho. Esse selo contém um código de identificação que pode ser consultado no site da agência. Outros indícios de que um celular não foi homologado incluem preços muito abaixo do normal, o que pode indicar que o aparelho foi importado ilegalmente e não passou pelos processos de certificação necessários.
O mercado de celulares irregulares no Brasil
No primeiro trimestre de 2024, o mercado de celulares irregulares registrou um crescimento preocupante, com a venda de 2,9 milhões de unidades nesse período. Em contrapartida, foram comercializados 8,5 milhões de smartphones legais, demonstrando a relevância do problema. Diante desse cenário, a Anatel implementou medidas para coibir a venda de aparelhos não homologados, exigindo que as lojas virtuais exibam o código de homologação dos dispositivos e verifiquem sua autenticidade.
A atuação da Anatel e das fabricantes de celulares
A Anatel estabeleceu multas diárias de R$ 200 mil para as empresas que não cumprirem as regras de homologação, visando proteger os consumidores e garantir a qualidade dos produtos comercializados no mercado. Por sua vez, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica (Abinee) destaca que a maioria dos celulares irregulares tem origem chinesa e alerta para a concentração de 90% desses dispositivos em uma única marca, cuja identidade não foi revelada.
O papel das lojas online e o crescimento do mercado irregular
O aumento do mercado de celulares irregulares está relacionado ao crescimento das lojas online que atuam como marketplaces, permitindo que terceiros anunciem produtos sem a devida certificação. Luiz Claudio Carneiro, diretor da Abinee, destaca que o marketplace facilitou o contrabando de celulares, tornando mais acessível a aquisição de dispositivos não homologados. Essa prática tem impactos negativos na segurança dos consumidores e na concorrência leal no mercado de dispositivos móveis.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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