A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça rejeitou por maioria a segunda denúncia contra Wilson Lima, acusado de peculato e responsabilidade no caso de transporte deêmica.
Na verdade, o governador do Amazonas, Wilson Lima, teve a segunda denúncia rejeitada por maioria de votos pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, afirmando-se que não há provas contra ele por envolvimento em desvios de dinheiro aplicados no combate à epidemia da Covid-19, em 2020. O processo culminou na exculpação do acusado, mas o caso não foi completamente esquecido e continua a gerar debates sobre a necessidade de transparência no governo.
Outros casos, como o do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, também foram alvo de denúncias de desvio de verbas para o combate à Covid-19 quando ele ainda estava à frente do município. Pitta foi acusado de peculado, mas o processo ainda está em andamento, em 2022. O caso ressalta a importância de uma fiscalização rigorosa em todos os níveis do governo para evitar fraudes e desvios, como o desvio de verbas.
Denúncias de Desvios Econômicos no Governo do Amazonas
O governador Wilson Lima, no cargo desde 2023, enfrenta uma nova denúncia de desvio de recursos, envolvendo um contrato de R$ 191,8 mil para transporte de ventiladores pulmonares em abril de 2020. Esse é um desdobramento da primeira denúncia recebida em setembro de 2021, que ainda aguarda julgamento de mérito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A tese do Ministério Público Federal é de que o contrato foi usado para desviar valores, caracterizando o crime de peculato, previsto no artigo 312 do Código Penal.
A denúncia é de que o governo pagou R$ 191,8 mil para a empresa responsável transportar os ventiladores, apesar de o contrato ter delegado a responsabilidade da empresa contratada. Esse peculato chama a atenção para a falta de transparência e responsabilidade no uso dos recursos públicos. A investigação destaca que existia justa causa para considerar o governador e outros envolvidos no caso, diante da suspeita de irregularidades.
A decisão de rejeitar a denúncia foi tomada por uma maioria de votos, com a conclusão de que não houve materialidade no caso, diante do contexto emergencial e da forma como o transporte foi preparado e negociado. No entanto, a Corte Especial parece ter aceitado a interpretação de que houve desvios de recursos, conforme destacado pelo ministro Raul Araújo, que afirmou que a denúncia não atendeia aos requisitos do artigo 312 do Código Penal.
A argumentação da defesa de Wilson Lima, feita pelo advogado Nabor Bulhões, apresentou uma visão diferente, destacando que a aeronave usada para o transporte foi utilizada para recolher doações de álcool em gel e aproveitar para obter os aparelhos de oxigênio. Apesar disso, o fato de a empresa ter arcado com o transporte dos equipamentos sem o devido contrato levanta questões sobre a responsabilidade do governo na gestão dos recursos.
A decisão da Corte Especial rejeita a denúncia, considerando que não há materialidade no caso, diante do contexto emergencial e da forma como o transporte foi preparado e negociado. No entanto, a análise dos fatos destaca a necessidade de aprofundar a investigação para esclarecer os desvios de recursos e garantir a responsabilidade dos envolvidos.
A denúncia de desvios de recursos no governo do Amazonas é apenas um dos muitos casos de irregularidades na gestão pública. É essencial que haja transparência e responsabilidade no uso dos recursos, garantindo que os recursos públicos sejam utilizados para o bem comum, especialmente em contextos de emergência, como a pandemia de Covid-19.
Fonte: © Conjur
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