Empresa não forneceu prazo para religamento da energia em todos os locais após evento climático extremo que afetou linhas de alta tensão e subestações de energia, priorizando clientes críticos nas áreas mais atingidas.
A Enel enfatizou que o temporal que atingiu a cidade de São Paulo nesta sexta-feira (11) foi um evento climático extremo que afetou significativamente a distribuição de energia na região. O temporal causou o desligamento de 17 linhas de alta tensão, o que resultou em uma interrupção significativa no fornecimento de energia para os moradores da cidade.
Até a manhã deste sábado (12), 5 linhas de alta tensão haviam sido plenamente reestabelecidas, permitindo que a luz voltasse a iluminar as casas e estabelecimentos comerciais. Além disso, 11 subestações de energia foram desligadas, sendo que 8 foram religadas, o que ajudou a restabelecer a corrente elétrica em várias áreas da cidade. A Enel trabalhou incansavelmente para minimizar os efeitos do temporal e garantir que a eletricidade fosse restabelecida o mais rápido possível. A segurança dos moradores é a prioridade máxima.
Crise de Energia em São Paulo
A empresa Enel São Paulo se recusou a fornecer um prazo para o restabelecimento da energia em todos os locais afetados pelo temporal. Moradores de São Paulo estão sem luz há mais de 13 horas. O presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, afirmou que não queria fazer previsões sem evidências concretas de que poderiam ser cumpridas. ‘A nossa meta é reestabelecer todos os clientes o mais rápido possível, mas precisamos trabalhar com as informações que temos, e ainda estamos recebendo muitas informações’, disse.
A Enel afirma que tem consciência do transtorno causado e sabe da sua responsabilidade em fornecer energia aos clientes. No total, 2,1 milhões de clientes ficaram sem energia durante o temporal. Até a manhã deste sábado, a luz havia voltado para apenas 500 mil. A empresa diz ter recebido mais de 1 milhão de chamadas e está priorizando os clientes críticos e as linhas de alta tensão.
Áreas Mais Atingidas
As áreas mais afetadas foram as zonas oeste e sul, além de municípios como Taboão da Serra, Cotia, São Bernardo, Santo André e Diadema. A concessionária afirma que as rajadas de vento ‘entraram’ pela zona oeste e, depois, passaram pela zona sul, onde houve o maior número de estragos. A Enel argumenta que, apesar do tamanho da destruição, está mais preparada do que na tragédia de 2023, quando clientes ficaram mais de uma semana sem luz.
‘É claro que os eventos climáticos extremos vieram e estão acontecendo, e vão continuar. Neste ano, estamos mais preparados que no ano passado. Nossos planos de emergência já estavam adaptados. Mas os efeitos foram de fato muito relevantes’, disse Lencastre. A Enel afirma que mobilizou 1.600 técnicos e deve chegar a 2.500 até o fim do dia. A empresa diz que trouxe para São Paulo equipes do Ceará e do Rio de Janeiro, além de pedir ajuda de concessionárias vizinhas.
Investimento em Infraestrutura
O presidente da Enel afirmou que é preciso também investimento maior em podas de árvores. ‘Vocês ouviram sobre um plano de investimento para os próximos três anos, são R$ 6,2 bilhões. Qual a mensagem aqui? Que não vamos resolver todos os problemas hoje, mas vamos evoluir e melhorar aos poucos, entregando uma rede cada vez mais resiliente. As redes no Brasil são majoritariamente aéreas, e estão suscetíveis a esses eventos climáticos extremos. Precisamos trabalhar para que a resiliência seja maior. Isso requer investimento, mas também aumentar o número de podas, que dobramos do ano passado para cá. Tem capacitação de profissionais também, melhorar os canais de comunicação com os clientes e com as prefeituras. Mas eu não posso dizer que vai estar resolvido hoje, porque esses eventos vão continuar acontecendo.’
Fonte: @ Valor Invest Globo
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