Reunião do departamento de Direito da FDUSP gera tensão e medo, levando a pedido de instauração de inquérito sobre conduta de professor e regime de trabalho.
Uma reunião do departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP) gerou um clima de tensão e medo entre os presentes, levando a um pedido de instauração de inquérito para investigar a conduta do professor Eduardo Cesar Silveira Vita Marchi.
A investigação sobre o caso está em andamento e visa apurar as alegações feitas contra o professor. A inquirição de testemunhas e a análise de provas são fundamentais para esclarecer os fatos e determinar se houve alguma irregularidade. A instauração do inquérito é um passo importante para garantir que a verdade seja revelada e que as partes envolvidas sejam ouvidas. A transparência é essencial nesse processo.
Instauração de Inquérito Policial: Um Caso de Agressão no Departamento de Direito
Uma reunião tensa no departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito resultou em um pedido de instauração de um inquérito policial. O professor José Fernando Simão, que também é membro do departamento, fez o pedido de abertura do inquérito após alegar que o chefe do departamento, Marchi, o teria ofendido e ameaçado durante uma reunião realizada no dia 5 de junho de 2024.
O objetivo da reunião era discutir o regime de trabalho que seria adotado para os futuros docentes que vão ingressar por meio de concurso. No entanto, Marchi teria se irritado com a oposição de Simão à retirada do assunto da pauta e teria encerrado o encontro de forma precipitada. Além disso, Marchi teria chamado Simão de ‘canalha, covarde, criminoso e mal educado’.
A escalada de hostilidade continuou, e Marchi, em um momento de evidente agressividade, levantou-se abruptamente e aproximou-se bruscamente de Simão, precisando ser contido por colegas presentes. Marchi reiterou suas investidas verbais, gritando e fazendo gestos ameaçadores, dizendo ‘desminta se for homem’ e ‘sim, você não é homem’.
Simão narra que a conduta de Marchi gerou um clima de tensão e que sofreu ameaças que lhe causaram medo, já que ambos ministram aulas na mesma instituição e no mesmo departamento. Ele pede que a autoridade policial convoque as testemunhas que ele listou no pedido e o chefe do departamento. Além disso, solicita que a faculdade seja notificada para fornecer a gravação da reunião, que serviria como prova robusta e complementaria as declarações das testemunhas.
A Importância da Investigação e da Apuração dos Fatos
O pedido de instauração de inquérito foi assinado pelos advogados Patricia Vanzolini, presidente da OAB-SP, Alexis Couto de Brito, Emerson de Mello Soares e Catarina Pallesi. A investigação e a apuração dos fatos são fundamentais para esclarecer a conduta de Marchi e garantir que a justiça seja feita. A inquirição das testemunhas e a análise da gravação da reunião serão cruciais para determinar a veracidade das alegações de Simão.
A instauração de inquérito policial é um passo importante para garantir que a conduta de Marchi seja investigada e que as consequências adequadas sejam tomadas. A Faculdade de Direito deve cooperar com a investigação e fornecer a gravação da reunião para que os fatos possam ser esclarecidos de maneira objetiva e inequívoca.
Fonte: © Conjur
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