A Tesla decepcionou investidores com poucos detalhes de seu robotáxi, fazendo suas ações derraparem e impulsionando os papéis de Uber e Lyft no mercado de capitais.
A Tesla, empresa de tecnologia e inovação liderada pelo bilionário Elon Musk, enfrentou um revés significativo com seus robotáxis autônomos. O primeiro teste não foi aprovado, o que gerou uma grande expectativa em relação ao futuro desses veículos. A apresentação dos protótipos ao mercado foi um momento aguardado, mas o resultado não foi o esperado.
No dia seguinte à apresentação, as ações da Tesla sofreram uma queda acentuada, fechando o pregão em 8,78% de queda, cotadas a US$ 217,80. Essa mudança no mercado reflete a incerteza em relação ao futuro da empresa e sua capacidade de inovar e liderar o mercado de tecnologia. A Tesla precisa recuperar a confiança dos investidores e demonstrar que seus projetos são viáveis e rentáveis. A empresa, que é conhecida por suas inovações disruptivas, precisa agora provar que pode superar os obstáculos e alcançar o sucesso com seus robotáxis autônomos.
A Tesla e o Mercado de Capitais
A Tesla, empresa avaliada em US$ 695,7 bilhões, involuntariamente deu um impulso a outras duas potenciais rivais no mercado de capitais. Enquanto a Tesla viu suas ações despencarem, a Uber e a Lyft registraram ganhos substanciais. As ações da Lyft tiveram alta de 9,59%, alcançando um valor de mercado de US$ 5,5 bilhões, enquanto os papéis da Uber registraram um salto de 10,81%, atingindo a máxima histórica da companhia, que fechou as negociações avaliada em US$ 181,3 bilhões.
A apresentação de menos de 30 minutos do bilionário Elon Musk não trouxe detalhes sobre os planos da Tesla na categoria de robotáxis, o que foi visto como um ponto de partida para os sinais invertidos no mercado de capitais. Musk também não forneceu informações sobre o modelo de negócio a ser adotado para os robotáxis, o que gerou dúvidas sobre a capacidade da Tesla de competir com a oferta de aplicativos como Uber e Lyft.
A Reação do Mercado
O analista da Jefferies, John Colantuoni, escreveu em relatório que o evento trouxe o melhor resultado possível para a Uber. Colantuoni chamou o robotáxi da Tesla de ‘desdentado’, ressaltando que a empresa não forneceu informações e evidências de progresso em direção aos recursos de direção autônoma, nem quantificou quantos veículos planeja produzir. As poucas informações fornecidas por Musk, como a produção em 2026 e o custo de menos de US$ 30 mil, não foram suficientes para convencer o mercado.
Musk tem um histórico de ser ‘excessivamente otimista’, como ele mesmo admitiu. Ele já havia previsto que as viagens 100% autônomas de Los Angeles a Nova York estariam disponíveis até o fim de 2017, e que a companhia teria mais de 1 milhão de robotáxis ‘nas ruas’ a partir de 2020. A expectativa criada em torno do projeto só reforçou a decepção.
A Visão da Uber
Em contrapartida, a Uber parece ter encontrado um roteiro mais adequado às expectativas do mercado. O CEO da empresa, Dara Khosrowshahi, disse que não vê os robotáxis ocupando uma fatia expressiva da frota da companhia por anos. Ele ressaltou que ainda é preciso avançar na tecnologia, além do fato de os reguladores estarem cautelosos e os custos estarem longe de serem competitivos. ‘A segurança é a prioridade número um’, afirmou Khosrowshahi. ‘Então, eu diria que nos próximos três a sete anos, começaremos a focar na economia.’
Fonte: @ NEO FEED
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