O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou corte de R$ 70 bilhões até 2026, enquanto títulos públicos atingiram patamares históricos de juros, encerrando em taxas prefixadas e oferecendo renda fixa de tesouro com alíquota Selic.
Nesse contexto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi enfático ao anunciar uma série de medidas fiscais que visam atender ao arcabouço fiscal do país, garantindo assim a manutenção do equilíbrio orçamentário. Entre essas ações, está a redução de R$ 70 bilhões até o ano de 2026.
A implementação dessas medidas fiscais, por exemplo, passará a ser mais eficiente após a alteração no papel de certas leis, agilizando assim o processo de apuração do coeficiente fiscal. Além disso, a redução no orçamento será complementada com a diminuição do papel de alguns setores do governo, otimizando assim as despesas.
Títulos Públicos: A Nova Realidade de Rentabilidade
Nesta quarta-feira (27), o mercado de títulos públicos viveu um dia movimentado, com os juros oferecidos pelos títulos públicos apresentando uma disparada inesperada. O Tesouro IPCA+ 2029, considerado o mais curto da modalidade, alcançou o patamar histórico de IPCA + 7,05% ao ano, um valor considerado altíssimo pelos analistas. Além disso, o Tesouro Prefixado, que já havia rompido a barreira dos 13% há dias, acelerou a alta. A pergunta que todas as pessoas interessadas em investir em títulos públicos estão fazendo: será que os números vão acalmar ou agitar mais o mercado de títulos públicos?
Impacto Fiscal: A Proposta de Mudança no Imposto de Renda
Entre os pontos que devem ser considerados pelo investidor nesta quinta-feira (28) está a proposta de mudança na tabela do Imposto de Renda, que prevê a isenção de imposto para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Esse valor será compensado pela cobrança maior de impostos para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês. A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados.
Como Investir em Títulos Públicos com Cautela
De acordo com a estrategista chefe do banco Inter, Gabriela Joubert, a sessão pode não ser de mais disparadas, já que algumas incertezas foram desfeitas. Segundo a analista, a escalada dos juros nos títulos públicos reflete o descontentamento do mercado com as últimas notícias (ou ausência delas) quanto ao fiscal. No entanto, ela não descarta que ainda haja volatilidade em momentos de incertezas pela frente. Por isso, o ideal é que o investimento em títulos públicos seja carregado até o vencimento. Entre os títulos que oferecem bons retornos sem grandes riscos, estão os títulos prefixados, os títulos que vão remunerar inflação mais 7% e o Tesouro Selic, que é bem mais conservador.
A Relevância dos Papéis em Momentos de Incerteza
Para investidores que já têm papéis negociados antes da disparada, pode ser uma má notícia se ele estiver pensando em resgatar o investimento antecipadamente. A recomendação de sempre é fazer o máximo esforço para levar o título até o vencimento. As taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa dizer que, tanto nos papéis prefixados quanto naqueles que remuneram inflação, o lucro lá na frente pode ser muito satisfatório, na visão dos analistas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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