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Enchente em Porto Alegre força TJ-RS a migrar 10,3 mi processos do arquivo-geral para sistema da corte.
Após a inundação que afetou sua sede em Porto Alegre, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul precisou transferir 10,3 milhões de processos para a nuvem. Essa ação foi fundamental para garantir a continuidade do sistema da instituição.
Os trâmites para a migração dos processos foram complexos, mas essenciais para a preservação dos dados. Mesmo diante de situações adversas, como casos de força maior, os procedimentos adotados demonstraram a importância da modernização e segurança nos processos judiciais.
Processos afetados pelas enchentes em Porto Alegre
Ruas de Porto Alegre foram inundadas no mês passado, causando danos significativos em vários locais da cidade. O prédio do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) foi um dos mais atingidos, devido à sua localização no bairro Praia de Belas, às margens do lago Guaíba, onde as cheias resultaram em enchentes devastadoras. Essas informações foram reportadas pela Folha de S.Paulo.
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região também enfrentou sérias consequências, especialmente no que diz respeito aos seus processos. O pavilhão do arquivo-geral do órgão, situado na Zona Norte da capital gaúcha, foi alagado, resultando em perdas significativas. Dos 2,5 milhões de processos físicos armazenados, mais de um milhão foi impactado pela água.
Entre os casos afetados estão registros que remontam a 1935 até o ano 2000, reconhecidos por sua relevância histórica e distinção com o selo Memória do Mundo, concedido pela Unesco. Para lidar com a situação, um grupo de trabalho do TRT-4, em colaboração com o Arquivo Nacional, está empenhado na recuperação dos processos danificados, que estão cobertos de lama, óleo e detritos orgânicos.
O tribunal enfrenta um aumento significativo na demanda por consultas aos processos armazenados no arquivo, recebendo mais de cem solicitações por semana. A tarefa de recuperar e restaurar esses documentos é complexa e requer um esforço conjunto para garantir que a justiça não seja prejudicada pelos trâmites decorrentes das enchentes em Porto Alegre.
Fonte: © Conjur
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