Volume de emissões de títulos de crédito corporativas baixo, apenas 32% distribuído, abaixo da média de 59%.
As emissões de títulos de crédito privado no Brasil têm apresentado uma tendência de declínio significativa, com uma queda de 62% em novembro, atingindo o menor volume desde janeiro, conforme revela um estudo recente do BTG Pactual, assinado por Thomas Tenyi.
Essa diminuição expressiva no mercado de créditos levou a um total de R$ 32 bilhões em emissões, um valor consideravelmente menor do que o registrado em outubro, que foi de R$ 84 bilhões. Nesse contexto, é importante destacar que os valores totais incluem as emissões de debêntures corporativas, que somaram R$ 16 bilhões, e os créditos incentivados, como os CRIs, CRAs e CDCAs, que também atingiram R$ 16 bilhões.
Desafios nas Emissões de Títulos
Em meio a um cenário de menor volume de emissões, o mercado demonstrou uma tendência notável de reduzir o volume de títulos privados colocados no mercado, destacando-se pelo fato de apenas 32% das emissões terem sido distribuídas ao mercado, um valor consideravelmente abaixo da média de 59% observada ao longo do ano. Este fenômeno foi observado no estudo recente, apontando que o baixo volume não foi distribuído de forma uniforme, com as debêntures tradicionais registrando uma participação bem menor, de 24%, enquanto as debêntures incentivadas conseguiram uma melhor absorção, com 59% do volume distribuído.
De acordo com o relatório elaborado pelo banco, um período de 17 meses consecutivos de captação positiva de créditos foi interrompido, com os resgates superando os depósitos por R$ 5 bilhões em novembro e R$ 7 bilhões até o dia 16 de dezembro em uma amostra de 1.400 fundos que alocavam pelo menos 10% do patrimônio líquido em crédito privado indexado ao CDI. Com o objetivo de compreender melhor as implicações destes resultados, é importante considerar a complexidade do mercado e o papel das emissões no contexto atual, destacando-se a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre os fatores que influenciam as escolhas de investimento dos fundos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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