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Vara de Iguatemi – cidade de 13 mil habitantes no interior de Mato Grosso do Sul – responsável por processos digitais de medidas cautelares contra organizações criminosas.
Via @campograndenews | Vara de Iguatemi – município de 13 mil moradores no interior de Mato Grosso do Sul – terá a incumbência de julgar 39 réus por envolvimento em esquema milionário de advogados predatórios.
A atuação dos advogados é fundamental para garantir a justiça nesse caso. Os causídicos envolvidos terão que apresentar suas defesas perante os juristas da Vara de Iguatemi, que analisarão as acusações relacionadas às práticas de advogados predatórios. A proteção das patentes e direitos dos cidadãos é essencial para a integridade do sistema jurídico.
Advogados na mira da Justiça por esquema milionário
A denúncia extensa de miliares de páginas tramitava na 4ª Vara Criminal de Campo Grande desde junho do ano passado, quando ordens de prisão e outras medidas cautelares foram determinadas para a deflagração da Operação Anarque. No entanto, no dia 15 de julho, a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna declinou da competência para continuar julgando o caso.
A magistrada justificou sua decisão ao entender que as duas organizações criminosas alvo do Gaeco são lideradas por advogados de Iguatemi, tornando o juízo do município o competente para analisar o caso. Não se deve olvidar o fato de os delitos imputados aos acusados terem sido praticados, ao menos em parte, em diversos estados e comarcas da federação, mas eram gerenciados pelos líderes das duas organizações criminosas sediadas na Comarca de Iguatemi/MS, local da sede dos escritórios de advocacia dos réus Luiz Fernando e Alex Fernandes.
Parte dos réus fazia apenas a captação das vítimas e documentos, enviados aos escritórios de advocacia para preparação e protocolo das ações, via rede mundial de computadores, considerando que os processos são digitais em vários Juízos, inclusive na Comarca de Campo Grande, conforme explicou a juíza do despacho para remeter os autos para a vara do interior.
May Melke tomou a decisão após as defesas prévias argumentarem conflito de competência em busca de anular provas e enfraquecer a denúncia. Os advogados invocaram provimento do próprio Judiciário sul-mato-grossense como argumento, mas a juíza entendeu que no momento do pedido das medidas cautelares, justificava-se que a 4ª Vara Criminal de Campo Grande tomasse decisões.
Os réus da Anarque são acusados de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, falsificação de documento particular e falsidade ideológica. Segundo a investigação do Gaeco, eram duas organizações criminosas lideradas por Luiz Fernando Cardoso Ramos e Alex Fernandes da Silva, responsáveis por mais de 70 mil ações judiciais em todas as regiões do país, muitas delas consideradas temerárias pelo Poder Judiciário.
Os advogados entravam com ações contra bancos, alegando que empréstimos consignados eram forjados, obtendo procurações de idosos, deficientes e indígenas. Cerca de 10% dos casos tinham procedência, quando não eram feitos acordos em massa com instituições financeiras. Com as decisões favoráveis aos clientes e acordos, os integrantes do grupo lucraram milhões.
O Gaeco ressaltou que as práticas criminosas das organizações criminosas revelaram-se extremamente rentáveis aos líderes, permitindo que movimentassem a quantia de R$ 190.862.481,86. A investigação continua, e os advogados envolvidos estão na mira da Justiça por seu papel nessas atividades ilícitas.
Fonte: © Direto News
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