Tribunal de Justiça do Espírito Santo colocou juiz no banco dos réus em processo penal por denúncia de investigação sobre suposta organização criminosa e uso de documentos falso.
Um esquema de roubalheira que arrebanhou R$ 400 mil em uma herança de um morto sem sucessores foi desvendado pela Polícia Civil do Espírito Santo. O esquema envolveu 20 pessoas, incluindo um juiz de 1º grau, e foi considerado como um dos maiores casos de corrupção registrados no estado.
As investigações mostraram que o juiz Bruno Fritoli de Almeida usou sua posição para aprovar documentos falsos e lavar dinheiro da herança. Os envolvidos também usaram desvio financeiro para ocultar os roubos. O esquema durou cerca de 2 anos e envolveu várias instituições financeiras.
Roubalheira: Denúncia Recebida Contra Magistrado Suposto Líder de Organização Criminosa
A operação Follow The Money desvendou um esquema de roubalheira que causou um prejuízo estimado de R$ 17 milhões, com pedidos de indenização de R$ 34 milhões. A denúncia contra o magistrado suposto líder do esquema e outros envolvidos deverá ser respondida em ação penal por desvio de recursos, lavagem de dinheiro e corrupção. A defesa do magistrado argumentou que não há provas suficientes dos delitos, mas o desembargador Sérgio Ricardo de Souza decidiu seguir o parecer do Ministério Público, considerando que a denúncia traz fartos elementos de prova sobre a participação do magistrado na organização criminosa e uso de documento falso.
O processo envolve onze casos, com o magistrado atuando de forma criminosa em cada um deles. A investigação descobriu que o grupo desviou, pelo menos, R$ 7 milhões indevidamente. O desembargador destaca que a participação do magistrado na empreitada criminosa foi explicitada na denúncia e que há justa causa para a ação penal. Ele também aponta que a acusação traz elementos de prova sobre a posição de destaque do magistrado na quadrilha e que ele foi beneficiado com a aquisição de um imóvel com recursos parcialmente advindos da lavagem e ocultação de ativos realizada pela organização.
A Procuradoria-Geral de Justiça capixaba identificou indícios da ligação do magistrado com a quadrilha após analisar o valor de um alvará de R$ 1,7 milhão, que foi usado para quitar parcela de um rancho em Ecoporanga. A defesa argumentava a falta de provas, mas o Tribunal de Justiça avaliou que a denúncia expõe adequadamente os fatos criminosos e que há um vasto conjunto de elementos de prova apresentados pelo Ministério Público.
Os outros réus do processo incluem:
* Maurício Camatta Rangel – juiz
* Ricardo Nunes De Souza – advogado
* José Joelson Martins De Oliveira – advogado
* Vaguiner Coelho Lopes
Fonte: © Direto News
Comentários sobre este artigo