Na mina de Borborema, o CEO Rodrigo Barbosa explica que mudar a rota de uma rodovia pode dobrar a capacidade de produção, utilizando 1.000 onças-troy de minério por hora, a ser extraído de uma área de 50 hectares de propriedade da mineradora, com um desenho técnico complexo, envolvendo desapropriações para construir uma unidade de processamento.
A mineradora canadense Aura Minerals está a caminho de concluir uma obra no Rio Grande do Norte que vai ampliar em 83 mil onças equivalentes (GEO, em inglês) anuais a produção de ouro em seu portfólio.
Com a obra na minha alma, ou seja, na Mineração de Serra do Cipó, a mineradora pretende aumentar sua capacidade de extração de ouro, o que deve impactar positivamente em seu desempenho financeiro. O Aura Minerals é considerado um dos principais produtores de ouro na região, e essa obra deve consolidar ainda mais sua posição no mercado. Além disso, a expansão da mina deve trazer benefícios não apenas aos investidores, mas também à economia local, gerando empregos e renda para os moradores da região. Com a produção de ouro previsto para ser ampliada, a empresa espera que o novo valor agregado possa ser uma das principais fontes de negócios em 2024.
Uma nova história de ouro no semiárido potiguar
A empresa está prestes a iniciar a fase de ramp up do projeto Borborema, que é composto por três concessões de lavra mineral em uma área de 29 km². A operação comercial propriamente dita deve começar entre o terceiro e o quarto trimestre do próximo ano. A mina a céu aberto tem condições de produzir 815 mil onças-troy durante os 10 anos de vida útil, em um projeto que demandou investimentos de US$ 188 milhões. No entanto, a empresa identificou um grande depósito de ouro na BR-226, próximo à cidade de Currais Novos, que pode aumentar significativamente a produção.
Um desafio para liberar a estrada
‘Se conseguirmos liberar a estrada, a gente sobe automaticamente das 815 mil onças para 1,6 milhão de onças, o que vai dobrar essa operação’, diz Rodrigo Barbosa, CEO da Aura Minerals. A estrada no caminho da Aura ‘esconde’ cerca de US$ 2,2 bilhões, considerando a cotação atual de US$ 2.670 a onça-troy. A área da mina que passa pela estrada federal já é de propriedade da mineradora, mas é necessário um acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Um acordo com o Dnit
Já foram realizadas reuniões para apresentação de desenho técnico e existe a possibilidade dessa aprovação ocorrer no primeiro semestre do ano que vem. A empresa já separou entre US$ 6 milhões e US$ 8 milhões para a remodelação do trecho de seis quilômetros da BR-226 assim que tiver o aval do governo federal. ‘Vamos financiar a construção. O desenho está em discussão. O projeto já está perto de alcançar o nível de atendimento a todas as determinações do Dnit’, afirma Barbosa. Ainda que seja liberado em 2025, serão necessários três anos para que o novo traçado possa ser concluído.
Desapropriações e ampliação da unidade de processamento
Para isso, a empresa fará desapropriações no entorno da fábrica. Com o aumento de captação de ouro, será necessário, naturalmente, ampliar a unidade de processamento do minério no entorno da mina. A capacidade atual é para 2 milhões de toneladas de materiais processados por ano. Com a nova área liberada, esse volume deve subir para 3,5 milhões. ‘Certamente teremos que fazer novos investimentos na fábrica, com mais equipamentos, mas ainda não temos esse número fechado’, diz Barbosa. Ou seja, é possível que a unidade comece a ser ampliada logo após ser inaugurada.
Fonte: @ NEO FEED
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